sábado, 18 de março de 2017

ARTIGO - Gestão de Saberes (JSN)


Gestão dos Saberes
João Soares Neto*


A miríade de Associações, Institutos e de Academias existentes, antigas ou recentes, no Ceará, deve unificar linguagens, condutas e ideais para não se fazer mais do mesmo. É preciso aplacar fatuidades. Entre o definido em estatutos, o que o século 21 nos impõe e os postulados de cada Entidade, há um vácuo. Não há sinergia, mas dispersão de forças. Quem sabe, fundir algumas.


As Secretarias da Cultura do Ceará e de Fortaleza e o Instituto Dragão do Mar poderiam unir-se à Academia Cearense de Letras e ao Instituto do Ceará. Juntos, acertarem parte do compasso dentro da diversidade. Há choque de datas e de eventos, vaidades e preconceitos. É hora do encontro, da humildade e do respeito. Reunir as similaridades.

Neste mundo de muitos saberes, da invasão “orwelliana” nas mídias sociais em nossos abarrotados celulares, há que surgir espírito novo e ação lúcida para somar resultados. A dispersão natural encontrada no Ceará enfraquece as várias culturas e as artes que, formam, bem ou mal, a identidade do nosso povo.

Conclamo às pessoas dirigentes e as Entidades, a marcar encontros. Discutir, com respeito e propósito, as diferenças de pensamentos, dar uma nova dimensão às culturas e às artes locais. Não só através de editais e de mecenas, de leis permanentes de incentivo e de emendas parlamentares, mas da isenção e da criatividade.

Distinguir sem discriminar. O Ceará merece patamar melhor nestas áreas tão conflitadas. É hora de inovar e mudar de atitude. Sem cultura pulsante, restam enganos e eventos de pouca densidade.


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