FUMAÇA “ROSA”
NO PALÁCIO DA LUZ
HABEMUS PAPISSAM!
A escritora Ângela Gutiérrez foi eleita por unanimidade para assumir,
para o biênio 2019/2020, o comando da Academia Cearense de Letras, a casa literária mais antiga do Brasil. A posse da primeira mulher no cargo de presidente da Instituição – um
marco nos seus 125 anos de história – foi na noite desta quarta-feira
(30.01.2019), no Palácio da Luz, no Centro de Fortaleza.
Com oito livros publicados, licenciada em Letras e Mestre em
Educação pela Universidade Federal do Ceará, Ângela Maria Rossas Mota Gutiérrez
teve uma trajetória acadêmica dedicada, com pós-doutorado em Letras pela
Universidade Federal de Minas Gerais. Na ACL, ela ocupa desde 1997 a cadeira nº
18, cujo patrono é Moura Brasil.
Pelo lado materno, Ângela é bisneta do político, jornalista e intelectual
cearense Thomás Pompeu de Sousa Brasil, o Senador Pompeu, falecido em 1877. É
casada com o professor Oswaldo
Gutiérrez, médico nefrologista, membro da Academia Cearense de Medicina, com o qual ela houve uma bela prole de filhos e netos.
Na solenidade de posse de Ângela Gutiérrez, que foi muito
concorrida, a ACLJ esteve representada pelo seu Secretário-Geral, jornalista
Vicente Alencar, havendo na composição da Mesa de Honra dois de seus Membros
Beneméritos – o Dr. Lúcio Gonçalo de Alcântara e o Bibliófilo José Augusto
Bezerra. Acompanhavam-os suas respectivas consortes, Dona Beatriz e Dona
Bernadete.
Mais três representantes desta mesma casta acelejana prestigiaram o
evento – o artista plástico Descartes Gadelha, e os educadores Ednilo Soares
(com a sua Fani) e Tales de Sá Cavalcante, com José Augusto Bezerra na imagem.
Também disseram presente duas integrantes da família Dias Branco,
Dona Consuelo e Dona Regina, com Ângela ao centro, e os imortais da ACL, empresário João Soares Neto
e jornalista Pádua Lopes – este, na imagem, com o Vice-Presidente Juarez Leitão – aquele, acompanhado da sua mulher, Desembargadora
Iracema do Vale, ladeando a Presidente.
A cerimônia, que teve início com a execução do Hino Nacional e do Hino do Ceará, primorosamente executados pela maviosa Camerata de Unifor, seguiu-se um lauto coquetel, no Salão Nobre do Palácio da Luz.
As imagens que ilustram esta postagem foram emprestadas da coluna social eletrônica Balada In, do Jornalista Pompeu Vasconcelos, que fez ampla cobertura do evento, com a costumeira competência.
NOTA DO EDITOR
O culto Prof. Vianney Mesquita, um dos grandes repositórios morais
e intelectuais da ACLJ, indica a correção do título desta Nota Acadêmica,
sugerindo, do alto da sua autoridade e sapiência, “substituir Habemus papissam!
por PAPISA AUTEM!”.
Como se sabe, há vários tipos de latim, do clássico ao vulgar, do
epistolar ao satírico, língua morta que tanto se diversificou que foi dando
origem a dezenas de novos idiomas hoje falados pelo mundo, as ditas “línguas românicas”.
Optamos pela forma “habemus
papissam” recorrendo ao papissa do
“latim tardio”, com a desinência indicada pelo “m” à guisa de artigo indefinido
(um, uma), e a conjugação habemus, correspondente
à primeira do plural no presente do indicativo, para não nos afastarmos da
forma clássica masculina “habemus papam”, que pretendíamos parodiar.
Esclarecida a escolha, visando nos eximir de alterá-la já a
destempo, esta Editoria agradece a sugestão muito bem-vinda do mestre Vianney Mesquita e registra
a sua tese sobre a maneira mais correta de aplicar nesta oportunidade a nossa língua
mãe, de que se compôs o português, com o adjutório do grego e com contribuições
do árabe e do sânscrito – no nosso caso brasileiro, até de línguas indígenas e
africanas.
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