terça-feira, 29 de janeiro de 2019

NOTA SOCIAL - Sarau de Poesia


SARAU DE POESIA

INVESTIDA AMAVIOSA
DE LIRISMO


O bardo Paulo Ximenes conspirou com a poetisa Alana Girão por alguns dias, sob confessada cumplicidade da confreira Karla Karenina, para tramarem com as forças líricas do Universo e tomarem de assalto o sereno da Tenda Árabe – já fincando bandeira e batizando o enclave de “Espaço Poético Ayrton Vasconcelos”.




Atacaram em plena noite de domingo, armados de vinho e violão, para promoverem um sarau de poesia naquele reduto mais íntimo da Embaixada da Cachaça, em que a Decúria da Academia se reúne e delibera.

Integrava as hostes o maestro Marcelo Melo do Quinteto Violado, com o pinho do lado e a sua Lúcia do outro, comandando a artilharia cancioneira – música popular brasileira de elevadíssima octanagem romântica, de Taiguara a Belchior, de Cartola a Djavan, inclusive inefáveis músicas autorais inéditas, de parceria do próprio Marcelo com as duas menestréis.



Camila Fernandes conduziu ao convívio o jovem Gabriel Rubens, docemente compelido ao volovelismo declamatório – e ele navegou e pousou com sucesso; Karla convocara a boa cantante Marta Pinto, e Alana convidara a juíza Vera Maia, a qual, do alto de sua doce timidez, desferiu dois poemas de seus livros, peças de grosso calibre amoroso.




Os poemas de Sua Excelência esgrimiram com a ode sentimental de Paulo Ximenes, rapsódia que não se pode dizer até o fim sem embargar a voz, nem ouvir inteira sem enternecer o coração.


Na retaguarda das evoluções de beleza o Frei Júlio Soares e o Bruxo Reginaldo Vasconcelos, ungindo a noitada com os fluidos da serenidade e da ternura. Só o início da madrugada pacificou as almas e arrefeceu as  escaramuças.   


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