O CASTIGO VEM A CAVALO
Reginaldo Vasconcelos*
A disrupção** está no
Mundo! Principalmente no Brasil, onde se elegeu democraticamente um capitão da
reserva do Exército à Presidência da República, que assim se tornou “Comandante
em Chefe” das nossas Forças Armadas, passando a ter supremacia hierárquica
sobre generais, almirantes e brigadeiros, subvertendo dessa maneira, de forma pacífica,
legal e legítima, a rígida lógica militar.
E o novo Presidente não precisou de dinheiro e nem de tempo no horário gratuito de rádio e televisão na sua campanha eleitoral, que foi realizada gratuitamente pelas redes sociais, esnobando
os concorrentes que fizeram despesas astronômicas, ginásticas jurídicas e alianças estranhas para obter
essas vantagens – tendo sido ele esfaqueado por um sicário da oposição eu meio a
comício, sendo obrigado a tomar posse ainda colostomizado.
Tendo seu líder maior condenado e preso, as esquerdas tentaram um “jeitinho
brasileiro” para captar o sufrágio de seu imenso eleitorado, apresentando um
candidato terceirizado, que afinal não tinha o necessário estofo político-administrativo, e que, após muito nadar, morreu na praia.
O Presidente disruptivo
compôs o Ministério sob critérios eminentemente técnicos, sem conchavos com os
partidos em troca de “governabilidade”, ao contrário do que vinha sendo feito
desde sempre, nos ditos “governos de coalizão”.
Ele e os novos Ministros, conforme compromissos assumidos em campanha,
vêm “tratorando” as teses gramscinianas, que vinham sendo impostas à Nação ao
longo dos últimos vinte anos. Seu desiderato é restaurar as tradições
religiosas e morais do povo, reprimidas pela esquerda, em nome de um
vanguardismo licencioso e depravado – além de restabelecer os padrões éticos
regulares na vida pública, baseados na meritocracia, que haviam sido ideologicamente
deformados.
A disrupção na política cearense
se configura no ótimo governador reeleito, homem probo e altamente popular, bem
sucedido nas suas políticas fiscais – mas que, no entanto, se mantém refém da sigla
partidária a que pertence, a qual se encontra moralmente esfrangalhada em âmbito nacional,
com grande parte de seus integrantes e aliados envolvidos em escândalos
financeiros e sofrendo as consequentes ações penais, vários deles destituídos dos cargos ou
rejeitados pelas urnas, muitos condenados e presos pela Justiça Federal.
Em seu discurso de posse, o Governador fez menção honrosa a
movimento social proscrito pelo novo aparato da política nacional – instituição
apócrifa, sem personalidade jurídica, tecnicamente clandestina, sem lideranças constituídas e identificadas
em documentos públicos e em atas registradas, com histórico de comportamento
agressivo contra o direito de propriedade.
E, como se diz, “o castigo veio a cavalo”. Três dias depois ele
teve o governo perturbado por grupos violentos, denominados “facções criminosas”,
que estão barbarizando o Estado, de forma descontrolada, por dias seguidos, já entrando para a segunda semana.
A esquerda vinha tolerando e afagando havia anos todos esses grupos marginais,
ideologicamente tratados como pobres “vítimas do sistema”, chamados para
acordos de boa convivência com o Poder Público, credores de um distorcido
conceito de “direitos humanos”, que não se compadece das vítimas inocentes de suas condutas
irregulares – postura administrativa que alimentou a impunidade e a desobediência civil, dando dimensão gigantesca ao crime organizado, levando ao absoluto descontrole do banditismo, que expõe a sociedade ao caos e à barbárie absoluta.
**O termo “disruptivo” foi eleito a palavra do ano
no Brasil em 2018, pelos critérios da ACLJ, a exemplo do que faz, em âmbito
mundial, a universidade inglesa de Oxford, a qual pesquisa na Internet o
vocábulo mais utilizado, tendo ela escolhido o palavra “tóxico” como a campeã
no ano passado.
No nosso caso, buscamos a
palavra nova – ou a que se tenha dado uma nova acepção – que melhor exprima a
vida brasileira no período de abrangência. Disrupção,
um neologismo com origem no idioma inglês (disruption), e a sua cognata “disruptivo”, ainda têm uso restrito
entre altos executivos, e entre jornalistas políticos da televisão fechada, mas
ela é a representação semântica perfeita de todas as muitas “rupturas”
sociopolíticas aludidas e prometidas no último ano eleitoral.
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