segunda-feira, 29 de maio de 2017

SONETO DECASSILÁBICO - Mácula Noturna (VM)


MÁCULA NOTURNA*
Vianney Mesquita**

Entre o ódio e o amor existe o sexo. (Benedito Cardoso)



Ultimamente, em certas circunstâncias,
Como em libidos a estremar demências,
Cogito em adentrar-te as reentrâncias,
Depois de acariciar tuas saliências.

Eis que a barbaridade dessas ânsias
Parece demonstrar as evidências
Do fato de conterem tais instâncias
A censura velada das ciências.

Interrompida a relação soturna,
Um termo é imposto à mácula noturna
E, empós o sonho findo, o tino chama.

Abertas, pois, as pálpebras do dia,
Eu recorri do tálamo à vigia
Para meu corpo não cair da cama!


*Composição datada de 03.06.1966, com 100 palavras.


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