NOITE DE DESPEDIDA
E POESIA
O
linguista russo Dmitry Sidorenko, Membro Honorário da ACLJ, que partiu na manhã
desta sexta-feira (07.04.17) para São Petersburgo, após uma estada de 30 dias
entre nós, ofereceu jantar de despedida ao seu anfitrião, o Presidente
Reginaldo Vasconcelos, com direito a “esticada” noturna, escolhendo para tanto
o aconchegante Bombar Beer Deck, na Aldeota, do simpático português Joaquim Mota,
radicado no Ceará, casado com a amazônida Themis da Costa.
Participaram da noitada, e estão nas fotos da E para a D. Alexandre Maia, Dmitry, Reginaldo, Jô e Joaquim Mota.
Regado
a caipirinha de morango, e embalado por voz e violão do cantor ítalo-paraense Ricardo Barsoteli (bom intérprete do grande Raimundo Fagner, dentre outros), o papo se alongou até o fim da
função da casa, quando então Mota recitou versos de poetas africanos, dos quais é
admirador, seguido pelo convidado Reginaldo, que por sua vez foi de Vinícius de
Moraes a Rogaciano Leite, os quais disse de cor.
COMENTÁRIO:
Amável amigo, Dr.
Reginaldo Vasconcelos, M. D. Presidente da Academia Cearense de Literatura e
Jornalismo, e demais companheiros presentes na foto.
Já me sentindo
acolhido por esse seleto grupo de personalidades ilustres, que prima em seus
encontros pela cultura em sua expressão mais pura, não posso deixar de
registrar aqui minha satisfação em ver que todos continuam juntos, apreciando
as delícias da casa Bombar Beer Deck, do simpático português Joaquim Mota.
Espero o dia em que
possamos repetir o convívio do sábado passado, sublimado agora pela poesia de
Vinícius de Moraes recitada de forma tão primorosa pelo ilustre anfitrião,
segundo imagino, de cujo autor e compositor o crítico literário e ensaísta Ivan
Junqueira, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), assim se referiu:
“Ao se voltar mais para as letras de música,
a partir dos anos 50, o poeta Vinícius de Moraes fez uma escolha natural, um
desdobramento até previsível em sua obra. A poesia que Vinicius publica na
década de 40, sobretudo no livro Poemas, Sonetos e Baladas, já contém uma
musicalidade de tal ordem que se poderia até prever que ele acabaria se
enveredando pelas letras de música. E isso foi exatamente o que aconteceu”,
disse Junqueira, em entrevista à Agência Brasil.
“Não há porque criticá-lo
nesse ponto. Mas, de fato, ele deixou de lado a grande poesia que escreveu até
1949. Nesse ano, quando ele publica Pátria Minha, é quase uma despedida do
Vinicius como o extraordinário poeta que foi. A partir daí, ele só vai lidar
com música popular”, ressaltou.
A variedade de temas
na poesia de Vinicius pode ser explicada, segundo o crítico, pelo fato de ele
ter sido um poeta nato. “Eu considero
muito importante a observação do Carlos Drummond de Andrade para se entender o
Vinicius de Moraes: é que ele foi o único poeta daquela época que levou uma
verdadeira vida de poeta. Todos os
outros se recolheram a gabinetes. O Manoel Bandeira isolado naquela casa de
Santa Teresa, o próprio Drummond trabalhando no Ministério da Educação e
Cultura”, disse.
Para Ivan Junqueira,
Vinicius de Moraes era um vocacionado para a escrita, mesmo fora da poesia. “Ele se deu bem em todas as vertentes
literárias porque era um homem de um talento inesgotável”, destacou. Por
isso e muito mais, não podemos nos distanciar desse grupo de amigos tão
especial.
Abraço a todos!
Itaraiacy Araújo.
Amável amigo, Dr. Reginaldo Vasconcelos, M. D. Presidente da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, e demais companheiros presentes na foto. Já me sentindo acolhido por esse seleto grupo de personalidades ilustres, que prima em seus encontros pela cultura em sua expressão mais pura, não posso deixar de registrar aqui minha satisfação em ver que todos continuam juntos, apreciando as delícias da casa Bombar Beer Deck, do simpático português Joaquim Mota. Espero o dia em que possamos repetir o convívio do sábado passado, sublimado agora pela poesia de Vinícius de Moraes recitada de forma tão primorosa pelo ilustre anfitrião, segundo imagino, de cujo autor e compositor o crítico literário e ensaísta Ivan Junqueira, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) assim se referiu: "Ao se voltar mais para as letras de música, a partir dos anos 50, o poeta Vinícius de Moraes fez uma escolha natural, um desdobramento até previsível em sua obra. A poesia que Vinicius publica na década de 40, sobretudo no livro Poemas, Sonetos e Baladas, já contém uma musicalidade de tal ordem que se poderia até prever que ele acabaria se enveredando pelas letras de música. E isso foi exatamente o que aconteceu”, disse Junqueira, em entrevista à Agência Brasil. “Não há porque criticá-lo nesse ponto. Mas, de fato, ele deixou de lado a grande poesia que escreveu até 1949. Nesse ano, quando ele publica Pátria Minha, é quase uma despedida do Vinicius como o extraordinário poeta que foi. A partir daí, ele só vai lidar com música popular”, ressaltou. A variedade de temas na poesia de Vinicius pode ser explicada, segundo o crítico, pelo fato de ele ter sido um poeta nato. “Eu considero muito importante a observação do Carlos Drummond de Andrade para se entender o Vinicius de Moraes: é que ele foi o único poeta daquela época que levou uma verdadeira vida de poeta. Todos os outros se recolheram a gabinetes. O Manoel Bandeira isolado naquela casa de Santa Teresa, o próprio Drummond trabalhando no Ministério da Educação e Cultura”, disse. Para Ivan Junqueira, Vinicius de Moraes era um vocacionado para a escrita, mesmo fora da poesia. “Ele se deu bem em todas as vertentes literárias porque era um homem de um talento inesgotável”, destacou. Por isso e muito mais, não podemos nos distanciar desse grupo de amigos tão especial. Abraço a todos!
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