A
GENTE NO
LUGAR DE EU,
NÓS,
SE, NINGUÉM ETC.
Efeito
Síncrono-Diacrônico,
Desleixo
Elocutório ou
Vianney Mesquita*
A língua é uma cidade para cuja construção
cada ente humano contribuiu com uma pedra. (EMERSON, Ralph Waldo). (1985-v2, p. 295).
RESUMO. Procura-se demonstrar e critica-se a
aplicação fenomenicamente exagerada, no Brasil, em todos os quadrantes de fala
e nalguns de escrita, do sestro frasal A
Gente, fora de sua acepção coloquial. Em pesquisa direta, foram eleitos e
ouvidos, em uma capital de Estado do NE brasileiro (março-2017), quatro grupos
mensageiros de propagação coletiva – uma emissora de rádio comercial e uma
radiodifusora acadêmica, duas de TV, sendo uma de Universidade, acessados por
via eletrônica; e, em Fortaleza-CE, uma homilia de Missa da Igreja Católica
Romana. Em 131 minutos de audiência dos segmentos investigados, detectaram-se
90 emissões de A Gente, das quais 81 com aplicação incorreta e poucos
substitutivos do conjunto vocabular sob exame – Eu, Nós Se, Ninguém – ressaltando-se o fato de a emissora radiofônica
universitária não haver emitido, uma vez só, a dição ora estudada com o
aguardado e necessário apuro. Restaram investigadas as possíveis razões dessa
assiduidade elocutória, superabundante e maléfica, com probabilidade de assento
em efeito sincrônico-diacrônico (antes do experimento efetivado) e/ou incúria e
ingenuidade idiomática. Concluiu-se pelo absoluto descuido em relação às regras
da Língua Portuguesa, nomeadamente na ambiência culta e nos veículos para
difusão maciça, levemente amortecido pela inocência dos falantes/escreventes,
por míngua de escolaridade. Não há, também, tirante melhor juízo, efeito
sincrônico-diacrônico, mas mero desatendimento às normas específicas.
Para
ler a íntegra, acione do link abaixo.
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