UM CANASTRÃO DA VIDA REAL
Humberto
Ellery*
As novelas da Vênus Platinada a que assisti não enchem minha mão. Lembro da novela o Bem Amado, do Odorico Paraguaçu, assisti à Saramandaia (principalmente pelo Pavão Misterioso, do meu colega Engenheiro Químico Ednardo), assisti ao Roque Santeiro e à hilária Que Rei Sou Eu.
Essa então, quando eu dava aula na
universidade à noite, quando morei em Brasília, pedia ao meu filho para
gravá-la (videocassete Betamax - é o novo!!!), para vê-la ao chegar em casa,
tarde da noite.
Na realidade não gosto do gênero, acho um
porre, aliás, a ressaca do porre! Mas, por não ser tão alienado, sei que a
Globo transformou o José Mayer no maior galã dos últimos tempos, mesmo sendo
bem feioso.
Se ainda fosse um Tarcísio Meira, um Claudio Marzo, ou, mais recentemente, um Bruno Gagliasso, um Tiago Lacerda, ou um Gianechini, vá lá, mas esse cara é bem “desabonitado” para papel de galã.
Se ainda fosse um Tarcísio Meira, um Claudio Marzo, ou, mais recentemente, um Bruno Gagliasso, um Tiago Lacerda, ou um Gianechini, vá lá, mas esse cara é bem “desabonitado” para papel de galã.
Lendo sobre o assunto de seu afastamento das
novelas, por justa causa, soube que em alguns folhetins ele transou (na ficção)
com todas as mulheres com
quem contracenou. Todas. Um
espanto!
Como diria o Chico Buarque, “quem brincava de
princesa acostumou com a fantasia”. Então ele acreditou que é realmente um
sedutor irresistível, daí sua explosão de raiva com a moça que o recusou
sistematicamente, e partiu para a agressão estúpida: “Sua Vaca!”
Agora vem esse feiosão, todo cheio de
desculpas esfarrapadas, colocando a culpa em nossa geração. Sim, porque eu sou
um septuagenário, e ele também está chegando aos setenta.
–
Escuta aqui, Seu Zé: eu fui um grande namorador, não no sentido de ser um
conquistador irresistível, mas no sentido de gostar de garotas bonitas e de
dedicar todo o tempo disponível a tentar conquistá-las, e sempre fui muito bem
sucedido. Mas jamais desrespeitei garota alguma, jamais sequer me aproximei
para iniciar a famosa “cantada”, se não percebesse antes, por olhares e
sorrisos, que a garota estava simpatizando com minha “paquera”.
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