MORREU TEORI.
SALVEM A LAVA JATO!
Morre
de repente, em acidente aviatório no mar de Parati, litoral sul do Rio de Janeiro, há poucas horas, um dos poucos ministros do
Supremo Tribunal Federal absolutamente insuspeitos para promover a faxina moral
pela qual a Nação anseia, tendo em vista o seu histórico ilibado, bem como a absoluta
isenção em relação a envolvimento suspeito com a política nacional.
Por
artes da Providência Divina, ele fora sorteado para a relatoria do processo
penal decorrente da Operação Lava Jato da Polícia Federal, em relação aos réus
com foro especial por prerrogativa de função, e vinha se conduzindo de forma
absolutamente reta e escorreita nessa gravíssima missão.
E o
Ministro Teori Zavascki morre a poucos dias da homologação da delação premiada
proposta pelo Ministério Público Federal, a ser apresentada por mais de 70
executivos da empreiteira Odebrecht, envolvendo em torno de 200 políticos
federais brasileiros, o que causa um grande pasmo, em face de tão abrupta esquina do destino.
Levando-se
em conta os vultosos valores envolvidos nesse processo criminal, o elevado grau
de periculosidade da quadrinha incriminada, de considerável poder econômico e
de imensa capilaridade na politicagem nacional – e o momento em que o acidente
ocorre – o fato suscita fundadas suspeitas sobre a hipótese de atentado.
Realmente,
se o avião não foi alvo de sabotagem, visando matar quem tinha nas mãos a sorte de uma grande malta de bandidos, então estamos todos diante de uma das maiores
ironias do acaso verificadas da História do Brasil, digna de desanimar o leitor mais
refinado de um folhetim de ficção, cujo autor imaginasse e inserisse na trama tão
improvável coincidência. Seria portanto a vida real imitando a arte menos inspirada.
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