Paes de
Andrade
Wilson Ibiapina*
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtz3XJxvRhdNEn16EyVuqf5qSCgOIcT4EjHIz-SBJLTkPcq9Z4RSLqj3Fr8F1Jx0qL-N2RNdBiuL2NbvX0_0OhH_zHc2PZf6zbNCE7tth8O2g8aQEXCIdeKw7AUrK7u5S6StjNi5pNNpvj/s320/PAES+II.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSO3pKBU_gSjioJ5tpoBmHxwi202TyvJuRuSa5lrYoWdaY8O3XSEkyfWV9KJZFN0i7PrtYY0nI9D8fIEnM4q98pBXduQPePJotxaoQWC1ilmUpxmcgxjcb9pc54h-_xgO8LfGLeug2hHAc/s1600/PAES+I+%2528HERMENEGILDO+PEQUENO%2529.jpg)
Gostava
de se gabar da pontaria que nunca precisou usar ao longo de sua carreira
política. Acertou muita gente com palavras, a arma que usou toda vida para
defender suas teses, o estado de direito, a democracia.
Era
um INTELECTUAL. Quando chegou a Lisboa como o segundo cearense a ocupar
a embaixada brasileira (o primeiro foi Dario Castro Alves), Paes já conhecia de
cor e salteado a obra de Eça de Queiroz, recitava Fernando Pessoa. Publicou
dezenas de livros, entre eles, a reestruturação agrária do Nordeste (1968),
Afirmação democrática do Nordeste (1971), O itinerário da violência (1976), O
poder absoluto (1977), A violência da reforma e a denúncia de Caracas (1979),
Francisco Pinto, as imunidades parlamentares e a Lei de Segurança Nacional
(1980), As secas (1980), O poder ou o subpoder (1980), A greve no ABC e os
bispos do Brasil (1980), A universidade e o professor (1980), CNBB e reflexão
cristã, O Poder Legislativo e o golpe militar na Bolívia (1980), A
inviolabilidade absoluta, Dom Hélder e o seu cinquentenário de ordenação
(1981), Comemoração do CLX aniversário da Confederação do Equador, 1824-1984
(1984), Proposta de ação econômica e social (1985), A Interparlamentar e os
direitos humanos (1987), O Brasil e a União Interparlamentar (1988), Perfis
parlamentares: Martins Rodrigues (1989), e Presença na Constituinte.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO_LabNuHFripe1gtLyNj2HrIyYLvrb2cuKOBN1k-RQfdAQzyZWX0fDQnhXzxYAPlnGWaEfAsSjIJw64Twtahm0neKciqaG26o1L1J8ufCPBBst-2ZyHdBkq5PxsUJp9eL9WENwhTrYz4Z/s1600/PAES+IV+%2528PAULO+BONAVIDES%2529.jpg)
DRAMÁTICO. Quando recebia qualquer tipo de pressão gostava de
exclamar, com as mãos levantadas: “Querem me matar!”.
Certa
feita, depois de uma eleição, Paes foi pagar com um imóvel o dinheiro que
pedira emprestado para a campanha. O ganancioso empresário queria mais: “Só tem
isso, Paes? – Não, tenho meu fígado, o meu coração...
HONRADEZ foi sua marca. A única coisa que conseguiram dizer
dele foi que levou um grupo de amigos à Mombaça, sua terra natal, em uma das
doze vezes que assumiu a presidência da República.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVA4qZNCb5ho8p1GCD9kCuecOpd2Xn0vc0v3DFhbWfqRwChxuhMGYvFEWc79NQHI2JcHUPLwMkGKS2-q-JCE5rXU3niBRMEiBQ-G7zYgCLkhOAhcTLFNo4if8PY6gMQXzSzl-jULRAoZ-u/s1600/PAES+II+%2528ZILDA%2529.jpg)
Foi um amigo dos amigos, correto e leal.
Deixa a viúva Zildinha, quatro filhas, netos e bisneta. Um cearense pra ficar
na história do estado e do país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário