QUERERES
Reginaldo Vasconcelos*
Quero querer todas aquelas
que me queiram,
o querer solar de
amar e amar e amar e amar.
Viver para querê-las
como os beija-flores querem as flores,
para beijar, beijar, beijar, beijar.
para beijar, beijar, beijar, beijar.
Para encantá-las
como o concriz encanta e diz, no seu cantar
e no matiz ruivo do amarelo.
e no matiz ruivo do amarelo.
Quero viver para
querer seres gentis, olhos falantes, bocas silentes,
feminis modos de dizer e de calar...
e de amar, amar, amar, amar.
feminis modos de dizer e de calar...
e de amar, amar, amar, amar.
Mas o querer lunar que me faz gris me quer matar.
Quer me levar pela
Estrada de Santana
com Petrúcio, Belchior, Ricardo, Evaldo...
com Petrúcio, Belchior, Ricardo, Evaldo...
Quero cavalgar
Pégaso ao luar, espantar curiangos assim,
passar o Cemitério do Alecrim,
voar, voar, voar, voar.
passar o Cemitério do Alecrim,
voar, voar, voar, voar.
Querer morrer,
flanar, deixar a vida por um triz,
como prediz a Natureza, e festejar no Infinito.
Bailar, bailar, bailar, bailar.
como prediz a Natureza, e festejar no Infinito.
Bailar, bailar, bailar, bailar.
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