Calendário
Alana Alencar*
Alana Alencar*
No calendário... o itinerário dos meus dias não coincide... cada semana uma fotografia presa num álbum que não se imprime e não se alcança.
Nada em mim reclama. Tudo se descreve. As regras, postas em feiras,
se esbarram no tempo desprendido dos sentimentos que não choram.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCPF4VzV5l-P8jUgmxOCxH7bmHVd1CWQsrSvWhG4YYEkHgkJzMSvJuMs7Ps0XxKzkU4YkE-GzoJRYc3YcTgKNTvN73Ds0VoGLsK5VdRxCawMIIwggsuZbZXbSiTOKFGMeDjvCmuyXq09ky/s200/CALEND%25C3%2581RIO+CHIN%25C3%258ASjpg.jpg)
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A passagem dos meus sonhos livres... sem pesadelos...
sem atropelos admitem acertada decisão.
sem atropelos admitem acertada decisão.
O calendário está contrário... contrariado. Contaminado do que passou.
Cada verso assume a metáfora aparente e se completa à exigência de perfurar a realidade.
Cada verso assume a metáfora aparente e se completa à exigência de perfurar a realidade.
Meu calendário somado à matéria de renascer das chagas ardidas não se submete ao impacto das traduções vulgares.
Além dos dias ímpares... há de haver os pares... e eu repito na maçante ode de que sou toda poesia rasgada, escancarada... transcrita num papel sem cor...
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