domingo, 21 de junho de 2020

POEMA - Acróstico (AA)


ACRÓSTICO
Alana Alencar*


Já é tarde, eu sei... mas eu te amo como se ainda fosse cedo... como se ainda fosse madrugada.

Um dia de chuva que nos lava a alma e nos deixa em branco... prontos para amar desde o começo...

Livres para amar sem qualquer razão, remorso, tropeço... como novatos ávidos por aprender.

Instintivamente, eu sei... mas te amo como quem espera, nua, pertencer à roupa certa para dançar a valsa da vida...

Ou  contempla as estrelas e delas ouve atenta cada detalhe sobre os segredos do amor...
   

Cada segundo do dia te amo... como se fosse um relógio lento a degustar o passar do tempo... como o primeiro raio de sol que rompe a brevidade da cor.

Entre as horas desarmadas que se perdem pela eternidade de sentir.

Sim... já é tarde, eu sei... mas eu te amo como se ainda fosse cedo... no entardecer, no anoitecer e no acontecer de cada beijo bendito...

Amo... na simplicidade dos gestos, na complexidade dos avessos, como quem brinca de ser feliz...

Rendida aos encantos de te amar incansavelmente. 



Nota do Editor

O Acróstico é um preito de carinho da poetisa Alana Alencar, Membro Titular da ACLJ, ao seu marido, o também acadêmico Júlio César Soares.

O jovem casal comemoraria este ano, no dia 24 de julho, com uma recepção festiva, os 10 anos de casamento – as Bodas de Estanho – união feliz que gerou dois belos filhos, o Pedro Antonio e o Benjamim.

Infelizmente a pandemia impedirá a festa, mas certamente não obstará a renovação dos votos conjugais desse casal exemplar, que tanto enobrece a nossa grei acadêmica, e ao qual o Blog da ACLJ já antecipa os parabéns. 
       


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