O Menino e
o Gafanhoto
Edmar Santos*
A vida humilde e
desabastada tem lá seus encantos. As fantasias e imaginações que suscitam
vivências infantis em busca de diversão e alegria são incontáveis. O leitor ou leitora que foi criança antes do tempo das tecnologias inovadoras, principalmente dos
brinquedos, sabe bem do que falo.
Caroço de manga
virava vaquinhas; as latas que vinham com alimentos em pó, se tornavam carros
de puxar com barbante; um pedaço de haste de ferro com uma extremidade
retorcida e outra pontiaguda, dava origem à brincadeira de “fura chão”; o papel
timbrado dos maço de cigarro eram dobrados em formato retangular e ganhavam
status de dinheiro. Se o leitorado puxar pela memória vai ampliar com muita
facilidade essa lista de improvisos que divertiam as mais belas infâncias que
se podem rememorar. Brinque de relembrar.
Havia crianças que
gostavam de fazer de certos animaizinhos seus brinquedos, digamos, mais
avançados em tecnologia, porque não dizer: com funcionamento automático.
Fazer luminárias de vaga-lumes, corrida de “calangos”, criação de lagartas, cutucar “casa” de marimbondos para provocar carreira de meninos em bando. Existem mais exemplos desses meios de diversão, mas vou deixar por conta da lembrança de quem ler esse texto. Quem viveu, viveu!
Fazer luminárias de vaga-lumes, corrida de “calangos”, criação de lagartas, cutucar “casa” de marimbondos para provocar carreira de meninos em bando. Existem mais exemplos desses meios de diversão, mas vou deixar por conta da lembrança de quem ler esse texto. Quem viveu, viveu!
Nessa semana última,
acompanhando os noticiários e redes sociais, tomei conhecimento de que uma
nuvem de gafanhotos partindo da Argentina, nossa vizinha, tende a chegar ao
Brasil. Não obstante a preocupação com a peste, principalmente pela questão
agrícola, isso me trouxe uma nostalgia tremenda.
Explico: justamente nos tempos de infância, nesses momentos de imaginação fértil no desenvolvimento de brincadeiras, tive também minhas vezes de pegar bichinhos para adaptar como brinquedo automático.
Pois bem! Gafanhoto era o inseto que eu gostava de capturar, amarrar as patas traseiras com barbante, e “dar linha pro bicho voar"; pronto, estava feito meu helicóptero de combate, verde-exército de ponta a ponta. Cada voo rasante mais belo que o outro! E o sorriso? Ah! Só quem brincou sabe.
Explico: justamente nos tempos de infância, nesses momentos de imaginação fértil no desenvolvimento de brincadeiras, tive também minhas vezes de pegar bichinhos para adaptar como brinquedo automático.
Pois bem! Gafanhoto era o inseto que eu gostava de capturar, amarrar as patas traseiras com barbante, e “dar linha pro bicho voar"; pronto, estava feito meu helicóptero de combate, verde-exército de ponta a ponta. Cada voo rasante mais belo que o outro! E o sorriso? Ah! Só quem brincou sabe.
Quantos helicópteros
não se fariam com essa nuvem de gafanhotos? Cálculos imaginativos de criança.
Maravilhoso texto,lembra minha infância, parabéns 👏👏👏👏👏👏👏
ResponderExcluir����������Muito bom!
ResponderExcluirCara que texto massa. Enquanto lia ficava me lembrando que fiz tudo isto. Que época boa, eu era feliz e não sabia.
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