Nunca estar só
João Pedro Gurgel*
Todo mês de setembro
Que me lembro
O mundo fica mais belo
De amarelo se pinta o elo
O laço singelo
Em defesa da vida
Num mundo tão complicado
Sem amor e compreensão
Vive-se a era da depressão
Em um difícil estado
Em que tanto quanto o homicídio
O suicídio bate na porta ao lado
Mas só no vizinho?
A ansiedade ou bipolaridade
Nunca cruzarão meu caminho?
É feito de ouro a a cabeça de minha avença
E nenhuma doença
Estará ao meu redor?
Ora, mas isso é conversa
É o tal do preconceito
Um parceiro forte
Não dá vida, mas sim da morte
Uma chaga a ser combatida
Em discurso de grande porte
Tomar remédio
Ir médico
Nem no plano mais hipotético
Faz vergonha
O que a humanidade menos sonha
É todo órgão padece
E de tratamento merece
E não de ojeriza risonha
Por isso peça ajuda
Grite socorro que alguém virá
Deixe dessa ideia absurda
De achar que a vida não tem valor
Ao seu redor há muito amor
E vitória pra comemorar
Saiba de verdade
Que o que não tem cura
Tem tratamento
O que não tem cabimento
É ter preconceito
Nem os "perfeitos" são imunes a sofrimento
E que nenhum tormento é eterno
Há um mundo fraterno
Querendo sua paz e sorriso
E é por isso que é preciso
Saber que na vida sempre se sofre
Mas o segredo do cofre é nunca estar só
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