Uma Viagem
Edmar Santos*
“Sim”. Foi a resposta
dada, sem titubear! Mais que uma simples viagem. Sentia isso aos 22 anos de
idade.
Não precisava da
opinião de ninguém para decidir seu caminho. Ouviu tudo por educação, mas nada
que houvesse de influência sobre se havia sido dito naquele momento.
– Sim, partirei! – ela reafirmou
quando, persistentes, lhe indagaram novamente.
Imaturidade ou
maturidade não se encaixam no contexto da decisão que ela adotou. Foi tomada
apenas pelo desejo de seguir os caminhos de conhecer o mundo através de suas
próprias experiências. “As consequências estão dentro da própria decisão” – ela
aprendeu em um livro!
Raízes de sua
personalidade estavam fincadas em seus pais. O que foram e o que não foram em
suas expectativas fazem parte do que hoje a constitui. Ela vive em paz por ser
o que é; e em paz busca tornar-se o que objetiva. E isso é só dela.
Cruzou todas as
fronteiras: pessoais e geográficas. Deixou de roer as unhas e controlou a
ansiedade. No passaporte constava a foto de sua imagem morena e cabelos em
cachos que ladeiam seu belo rosto fino. As turbinas do avião vociferam o adeus!
Ela deixou as
angústias todas no passado e não olhou para trás. Não quis virar uma estátua de
sal!
Obrigado pela linda mensagem.
ResponderExcluir