quinta-feira, 6 de junho de 2019

POEMA - A Dor do Verbo (AA)


A Dor do Verbo
Alana de Alencar*

... E nessa ausência pálida o verbo rejeita o tempo... balbucia o som de conjugar-se desejo... não descansa o enlouquecer dos pensamentos.

O verbo, desacato do  silêncio, chora...
implora o conformar-se. Arrebenta em crases, cacos... de vidros e vírgulas.


O verbo reage. Pronuncia-se por palavras, quase em ferida... rasga-se.

Como um papel em branco entrega-se despudorado aos percalços da dor assustada... O verbo sente. Fala.

Na desordem dos sentimentos intrusos, frases arbitrárias, o verbo delira.




COMENTÁRIOS

O verbo, desacato do silêncio, lindo demais.
Júlio César
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O silêncio engendra o verbo e o verbo se faz tudo. Só não há palavras pra descrever o que essa poesia nos cala.
Anônimo
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Incrível como o verbo e as palavras ganham vida com a Alana!!! Lindo.
Wagner Girão
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e o verbo, também se cala?
Anônimo
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Dr. Ângelo comentou que ouviu em algum lugar sobre o próximo sarau. Procede?
Ângelo Guerra
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Procede.
Júlio César



6 comentários:

  1. O verbo, desacato do silêncio, lindo demais.

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  2. O silêncio engendra o verbo e o verbo se faz tudo. Só não há palavras pra descrever o que essa poesia nos cala.

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  3. Incrível como o verbo e as palavras ganham vida com a Alana!!! Lindo.

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  4. Dr. Angelo comentou que ouviu em algum lugar sobre o próximo sarau.
    Procede?

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