Anseio E peco E calo
Alana Alencar*
Alarga-me a boca muda o som que vibra da palavra presa…
e extrapola-me o peito o lido revelar dos tons desfeitos, letra
após letra.
Alvo em comum: a clássica tua carne-casca minha que desbota e nos
entrega.
Anseio. E peco. E calo.
E aos traços do dito preso, reinvento.
Sufoca-me o olhar sedento o passear distante dos invernos tardios
do que vês...
e ressuscita-me a alma o simples beijo do incomum que chega.
Alvo incerto: a ingênua carne tua-minha casca que renasce… mas não
se entrega.
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