Fico na fé
Edmar Santos*
Por toda a narrativa
bíblica se constata a insensatez humana para consigo mesmo e para com o mundo
em que vive. Não se precisa de muito esforço de leitura para perceber.
Por anos a fio, a
natureza tem mostrado ao ser humano que, não obstante as mais variadas teorias,
a Bíblia sempre tem a palavra final. Os literatos e poetas constataram isso
também há muito tempo. Por isso se isolam, creio.
Mas teimosia é coisa
de ser humano, que a confunde com persistência evolucionista para explicar as
várias formas de poder – sociais ou naturais. Quando conseguem explicar um
fenômeno o denomina ciência; se não consegue, denomina acaso. Só não pode ser
obra do Criador – “isso não!” – afirmam.
Outro dia uma jovem
me indagou: Se Deus existe, por que permite tanta injustiça no mundo?
Respondi que Deus
também teve essa dúvida, porém talvez por compaixão criacionista, resolveu
tornar seu filho santo em gente humana para experienciar uma vida entre nós.
Queria entender porque somos assim.
Ao fim, quando
resolvemos crucificá-lo, Ele, antes do último suspiro de vida constatou: “Pai,
perdoa-os, eles não sabem o que fazem”. Creio que isso inevitavelmente deva ter
gerado tantas outras dúvidas ao Criador, que até por hoje ainda não resolveu
acabar com essa baderna que é esse mundo dos evoluídos humanos. Mas isso não
posso provar! Claro, não é ciência.
Por outra, Deus, na
dúvida entre o criador acabar com sua criatura ou não, talvez tenha resolvido
deixar que nós mesmos nos encarreguemos da auto eliminação. Estamos mais perto
disso do que longe, vez que evolutivamente a adaptação é para poucos, assim
como o poder o é. Acompanhe as notícias! Apenas especulando novamente.
Mas prefiro seguir
acreditando nas palavras do injustamente crucificado. “Não sabeis a hora em que
voltarei em minha glória, para trazer a justiça – Mas virei!”. Para suportar e
continuar a vida, fico na fé!
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