quinta-feira, 14 de março de 2019

POEMA - Soneto Decassilábico Português - Chavões Editados (VM)

CHAVÕES E DITADOS
Vianney Mesquita*



Proferimos uma asneira e, à força de repeti-la, dela nos persuadimos.  (VOLTAIRE).






Abro estes versos com chave de ouro
Para agradar o grego e o troiano,
Mas tenho medo de entrar pelo cano:
Sarracenos na costa! Aí tem mouro!

Costurar roupa nova em velho pano
Ao bom costureiro é um desdouro,
É de Ofir não receber o tesouro –
Das joias da coroa é o desengano.

Como diz a canalha da UDN:
Guarda cuidado em teu andar infrene,
Pois há calhaus por onde tu caminhas!

Indústria sem dinheiro da SUDENE
Jamais dirigirá sessão solene:
Eis por que escrevo as mal traçadas linhas.



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