O FARISAÍSMO NACIONAL
Reginaldo Vasconcelos*
O lamentável atentado, sangrento e letal, ocorrido em escola municipal
da cidade paulista de Suzano, na manhã desta última quarta-feira, dia 12 de março, confirma a validade de duas das políticas
preconizadas pelo Governo Bolsonaro.
Primeiramente, o evento funesto escancara a importância, a
necessidade, e mesmo a imprescindibilidade da facilitação da posse e do porte da
arma de índole cidadã, a serviço da defesa das pessoas de bem contra injustos
agressores, que a polícia preventiva não está – e nem poderia estar – na
atualidade das injustas agressões.
Em segundo lugar, a tragédia faz esplender a única solução para o
controle dos psicopatas que vêm atacando, recorrentemente, instituições de
ensino brasileiras: a pretendida militarização das escolas públicas.
Ninguém penetra facilmente nas escolas particulares, nas quais se
exige identificação prévia, e em que somente se ingressa dizendo a que veio,
com quem quer falar, que assunto quer tratar. Mas as escolas públicas estão
sempre suscetíveis.
Já na raiz do problema, as escolas militares coíbem o bullying, porque elas “uniformizam” os
indivíduos e normatizam as diferenças através da hierarquia, o que elimina o
sentimento de injustiça. No meio castrense não se distinguem pessoas por
características pessoais, mas pelo posto que ocupam – a partir da “antiguidade”.
Um menino feio, gordo, magro, negro – e que como tal é maltratado –
sabe ter uma característica imutável, definitiva, que a maioria dos circunstantes não têm,
de modo que aquilo se torna uma condenação grave que o discrimina, e isso o revolta e o
transtorna.
Mas o aluno que exibe um distintivo resultante de seu desempenho e
de seu grau de antiguidade na escola, independentemente de suas características
físicas, sabe que evoluiu por mérito, e que ainda evoluirá, à medida que
merecer e ficar mais “antigo” – o que intuitivamente ele introjeta como sendo
algo justo e superável.
Isso elide a reação de vingar-se da escola e dos colegas por “injustiças”
que acredita ter sofrido, sentimento que invariavelmente tem motivado esse tipo
de chacina, nos EUA, no Brasil e na China, onde há dois anos um garoto o fez usando
uma faca. Não há ex-alunos de colégios militares traumatizados pela disciplina, mas todos honrados de seu passado escolar e nostálgico sobre ele.
Mas não só isso, uma escola em que haja militares coordenando
atividades, logicamente não é convidativa a uma ação violenta – não somente
porque um eventual psicopata suicida vá temer ser morto na repressão, mas
porque ele intuirá que, na reação eficiente, terá logo frustrado o seu projeto
tenebroso.
Quanto à arma cidadã, houvesse algum cidadão portando a sua arma legítima – fosse um bedel,
um professor, um pai de aluno – teria ele evitado que os dois jovens celerados
matassem oito pessoas inocentes – assim como fez a mãe policial que, há algum tempo, matou um bandido quando ele pretendia barbarizar os pais e as crianças que saiam de uma escola.
Aliás, nesse Brasil de fariseus, a esquerda e a imprensa resistente
tentaram botar na conta do decreto contra o desarmamento a culpa pelo massacre de Suzano, quando este foi praticado com uma arma ilícita de numeração
adulterada, uma besta, uma machadinha, além de coquetéis molotov, que felizmente não chegaram a
ser usados – em plena vigência do desarmamento cidadão, que ainda não foi
possível reverter minimamente.
A propósito disso, "clama aos céus" o que se tem visto na mídia e nas redes sociais contra o
Presidente Bolsonaro – como se dizia antigamente. Visando mostrar ao povo o que tanto reprova e quer combater, ele divulgou um
vídeo em que homossexuais praticam atos libidinosos em praça pública.
Pois a resistência da esquerda odiosa voltou-se violentamente contra o Presidente. Órgãos jornalísticos de grande prestígio o condenaram, como se ele fosse o autor do ato, ou do vídeo – ato e vídeo que os seus críticos não recriminaram, como se fossem a coisa mais normal e aceitável.
Pois a resistência da esquerda odiosa voltou-se violentamente contra o Presidente. Órgãos jornalísticos de grande prestígio o condenaram, como se ele fosse o autor do ato, ou do vídeo – ato e vídeo que os seus críticos não recriminaram, como se fossem a coisa mais normal e aceitável.
Nessa cruzada da esquerda brasileira contra a moral e os bons
costumes, o STF está a caminho de criminalizar a homofobia, que não é “fobia”
alguma, mas noção de que sob o pálio da “ideologia de gênero” distúrbios e crimes se
cometem.
Com a referida criminalização, por exemplo, a Igreja vai ficar
proibida de expulsar os padres homossexuais que sujam os seus quadros eclesiásticos – que não são exatamente pedófilos, pois só assediam menores porque esses são mais vulneráveis, porém, sempre homens – e não há notícia de que eles tenham atacado as meninas das paróquias.
Enfim, ao que depreendo, Bolsonaro não pretende que se interfira na vida privada e na
conduta erótico-afetiva das pessoas, desde que maiores e capazes. Que as pessoas se portem e
se vistam, se amem e se casem, da forma que quiserem e que bem lhes aprouver. Ponto.
O que o Presidente denuncia e quer evitar é a imposição de teorias
andrógenas sobre as crianças nacionais – seja por meio de uma indução precoce
nos bancos escolares, seja pelo risco de naturalização e de estimulo difuso a condutas controversas – a pedofilia, a pederastia, o uranismo, o rufianismo, a prostituição.
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