quinta-feira, 14 de março de 2019

ARTIGO - O Farisaísmo Nacional (RV)


O FARISAÍSMO NACIONAL
Reginaldo Vasconcelos*


O lamentável atentado, sangrento e letal, ocorrido em escola municipal da cidade paulista de Suzano, na manhã desta última quarta-feira, dia 12 de março, confirma a validade de duas das políticas preconizadas pelo Governo Bolsonaro.

Primeiramente, o evento funesto escancara a importância, a necessidade, e mesmo a imprescindibilidade da facilitação da posse e do porte da arma de índole cidadã, a serviço da defesa das pessoas de bem contra injustos agressores, que a polícia preventiva não está – e nem poderia estar – na atualidade das injustas agressões.  

Em segundo lugar, a tragédia faz esplender a única solução para o controle dos psicopatas que vêm atacando, recorrentemente, instituições de ensino brasileiras: a pretendida militarização das escolas públicas.

Ninguém penetra facilmente nas escolas particulares, nas quais se exige identificação prévia, e em que somente se ingressa dizendo a que veio, com quem quer falar, que assunto quer tratar. Mas as escolas públicas estão sempre suscetíveis.

Já na raiz do problema, as escolas militares coíbem o bullying, porque elas “uniformizam” os indivíduos e normatizam as diferenças através da hierarquia, o que elimina o sentimento de injustiça. No meio castrense não se distinguem pessoas por características pessoais, mas pelo posto que ocupam – a partir da “antiguidade”.

Um menino feio, gordo, magro, negro – e que como tal é maltratado – sabe ter uma característica imutável, definitiva, que a maioria dos circunstantes não têm, de modo que aquilo se torna uma condenação grave que o discrimina, e isso o revolta e o transtorna.

Mas o aluno que exibe um distintivo resultante de seu desempenho e de seu grau de antiguidade na escola, independentemente de suas características físicas, sabe que evoluiu por mérito, e que ainda evoluirá, à medida que merecer e ficar mais “antigo” – o que intuitivamente ele introjeta como sendo algo justo e superável. 

Isso elide a reação de vingar-se da escola e dos colegas por “injustiças” que acredita ter sofrido, sentimento que invariavelmente tem motivado esse tipo de chacina, nos EUA, no Brasil e na China, onde há dois anos um garoto o fez usando uma faca. Não há ex-alunos de colégios militares traumatizados pela disciplina, mas todos honrados de seu passado escolar e nostálgico sobre ele.  

Mas não só isso, uma escola em que haja militares coordenando atividades, logicamente não é convidativa a uma ação violenta – não somente porque um eventual psicopata suicida vá temer ser morto na repressão, mas porque ele intuirá que, na reação eficiente, terá logo frustrado o seu projeto tenebroso.

Quanto à arma cidadã, houvesse algum cidadão portando a sua arma legítima – fosse um bedel, um professor, um pai de aluno  teria ele evitado que os dois jovens celerados matassem oito pessoas inocentes  assim como fez a mãe policial que, há algum tempo, matou um bandido quando ele pretendia barbarizar os pais e as crianças que saiam de uma escola. 

Aliás, nesse Brasil de fariseus, a esquerda e a imprensa resistente tentaram botar na conta do decreto contra o desarmamento a culpa pelo massacre de Suzano, quando este foi praticado com uma arma ilícita de numeração adulterada, uma besta, uma machadinha, além de coquetéis molotov, que felizmente não chegaram a ser usados – em plena vigência do desarmamento cidadão, que ainda não foi possível reverter minimamente.

A propósito disso, "clama aos céus" o que se tem visto na mídia e nas redes sociais contra o Presidente Bolsonaro  – como se dizia antigamente. Visando mostrar ao povo o que tanto reprova e quer combater, ele divulgou um vídeo em que homossexuais praticam atos libidinosos em praça pública. 

Pois a resistência da esquerda odiosa voltou-se violentamente contra o Presidente. Órgãos jornalísticos de grande prestígio o condenaram, como se ele fosse o autor do ato, ou do vídeo – ato e vídeo que os seus críticos não recriminaram, como se fossem a coisa mais normal e aceitável.

Nessa cruzada da esquerda brasileira contra a moral e os bons costumes, o STF está a caminho de criminalizar a homofobia, que não é “fobia” alguma, mas noção de que sob o pálio da “ideologia de gênero” distúrbios e crimes se cometem.

Com a referida criminalização, por exemplo, a Igreja vai ficar proibida de expulsar os padres homossexuais que sujam os seus quadros eclesiásticos  que não são exatamente pedófilos, pois só assediam menores porque esses são mais vulneráveis, porém, sempre homens – e não há notícia de que eles tenham atacado as meninas das paróquias.

Enfim, ao que depreendo, Bolsonaro não pretende que se interfira na vida privada e na conduta erótico-afetiva das pessoas, desde que maiores e capazes. Que as pessoas se portem e se vistam, se amem e se casem, da forma que quiserem e que bem lhes aprouver. Ponto.

O que o Presidente denuncia e quer evitar é a imposição de teorias andrógenas sobre as crianças nacionais – seja por meio de uma indução precoce nos bancos escolares, seja pelo risco de naturalização e de estimulo difuso a condutas controversas  – a pedofilia, a pederastia, o uranismo, o rufianismo, a prostituição.



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