O sensacionalismo
partidário da Imprensa
Antonio Jorge Pereira Júnior*
O perigo de uma única história é dos vídeos mais assistidos do TED Talk: 18 milhões de vezes. Nele, uma escritora nigeriana expõe como se fabricam conceitos distorcidos sobre pessoas, povos e acontecimentos. Nosso conhecimento é construído sobretudo pelas histórias que escutamos. Logo, quanto menos diversificadas e fidedignas forem as narrativas que nos chegam, pior será nossa compreensão dos assuntos. No Brasil, parte da Grande Mídia tem construído uma única narrativa, depreciativa, sobre o Governo Bolsonaro.
Mas, em paralelo, veículos não engajados e as redes sociais levam à população informações sobre ações positivas do Governo, omitidas no mass media. Trazem narrativas sobre fatos reais. Além disso, situações vivenciadas pelos cidadãos desmentem a impressão exclusivamente negativa que a Mídia antibolsonaro pretende impingir sobre o Governo. Isso explica sua popularidade na pesquisa Datafolha de 13/08. Os que recebem ajuda emergencial do União, por exemplo, sob a Pandemia, são beneficiados diretamente por uma ação federal que cumpre importante papel social.
A estratégia para desconstruir Bolsonaro levada a termo por alguns veículos compromete a credibilidade que outrora possuíam. Envenenados pelo sensacionalismo partidário, trabalham manchetes e notícias para provocar aversão ao líder do Executivo. Gastam mais energia em promover sentimentos contrários ao Governo, nos gabinetes de ódio das redações, do que em transmitir os dois lados da moeda. Ora, moeda de um só lado é falsa. Fecharam-se numa bolha. A pesquisa Datafolha quiçá possa lhes ajudar a sair dela.
A Imprensa engajada menospreza os que votaram em Bolsonaro, por
convicção, ou por simples exclusão. Trata-os, antidemocraticamente, como
tolinhos ou fascistas. Desrespeita, ainda, os brasileiros que trabalham nos
diversos escalões do Governo, em sua maioria competentes e comprometidos. Tudo
pela sanha persecutória contra o Presidente, em clima de campanha eleitoral.
Por isso transmite uma caricatura do que acontece no País. Faz-se imprensa
minúscula. Cria uma ficção informacional – novela? – sobre o Brasil.
Doutor, Mestre e Bacharel em Direito (USP)
Professor do Programa de Mestrado e Doutorado da UNIFOR
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