O que faz de
um herói um herói
João Pedro Gurgel*
Cresci assistindo desenhos animados e vibrei quando soube que
Pantera Negra ganharia um filme. Na ficção, o personagem é o mais rico dos
heróis, mas não lhe é suficiente ter tudo em meio à desigualdade. Ele reina
sobre “Wakanda”, uma ilha de paz eterna e prosperidade longe da colonização
europeia. Assim, T’Challa, seu alter ego,
dedica sua vida para combater injustiças.
Em 2018 Chadwick Boseman viveu o Pantera Negra na
superprodução da Marvel. Além dele, renomados atores como Michael B.
Jordan e Viola Davis estiveram no elenco. Não deu outra: o filme arrecadou mais
de 1,3 bilhão de dólares. Alçou a sexta maior bilheteria do mundo. Foi o
primeiro filme de super-herói indicado ao Oscar de melhor filme e ainda levou três
estatuetas.
Ontem Chadwick faleceu. Aos 43, anos, o ator lutava contra um
câncer de cólon. O grande homem que viveu o rei de Wakanda lutou em silêncio
contra um mal que lhe tirava a vida, mas não hesitou em dar vida a um herói que
ficaria na história. E não foi só isso. Durante toda sua carreira, Chadwick
combateu fortemente o racismo. A desigualdade social e as injustiças da nossa
sociedade.
Pantera Negra é, indiscutivelmente, um dos heróis mais simbólicos
de nossa história. Não foi à toa que Chadwick o interpretou tão bem. A sinergia
do personagem casou com a sinergia de quem interpretava. Não sei ao certo o que
faz de um heroi um heroi. Mas sei que as batalhas travadas pelo bravo ator
ecoarão pela eternidade, tal como o lar de paz que seu personagem defendia.
Wakanda Forever!
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