Gerenciamento
Municipal
Antônio de Albuquerque Sousa Filho*
Os municípios brasileiros receberam, pela nova
constituição de 1988, a grande incumbência de prestar serviços, principalmente
nos setores da educação e saúde, além das ações mais colaborativas nas áreas da
infraestrutura, segurança, turismo e meio ambiente.
Entretanto, a maioria dos referidos municípios
não se preparam para cumprir as tarefas da melhoria da estrutura
administrativa, na qualificação dos seus recursos humanos, principalmente, na escolha
de seus executivos, da corresponsabilidade assumida.
Um lado negativo que observamos na maioria das
administrações municipais é falta de uma visão prospectiva de médio e longo
prazo, envolvendo aspectos do crescimento populacional e urbanístico, que
exigirão novas necessidades de habitação, aberturas de novas vias públicas,
ampliação dos sistemas de esgoto e água, novas escolas e unidades prestadoras
de saúde, conservação do meio ambiente e recursos humanos mais qualificados
para enfrentar os desafios das novas tecnologias e inovações futuras.
É lamentável que ao elaborar projetos para
captar novos recursos financeiros, para alavancar diferentes setores do
desenvolvimento local, tais proposições são, em sua maioria, carentes de
embasamento técnico e econômico, gerando desperdícios de recursos, obras não
concluída ou com qualidade questionável.
O mais lamentável é que faltam ideias novas, quase
sempre os administradores ficam restritos ao seu meio ambiente, deixando de
visitar municípios que apresentaram ações inovadoras e parte dos executivos não
aceitam sugestões apresentadas por profissionais fora do seu grupo de assessores.
Juntamente com outros profissionais filhos da
terra, com qualificação em diferentes ramos do conhecimento, ansiosos por
oferecer ideias viáveis em termos socioeconômicos e culturais buscaram, em vão,
apresentar sugestões relevantes para a solução dos problemas de um município da
Região da Ibiapaba.
A grande lacuna dos nossos administradores
municipais é a falta de uma visão futurista desenvolvimentista e equilibrada em
termos de justiça social.
# Publicado no dia 15/04/2019 no focus.jor.br. Enviado por Vicente Alencar.
* Antônio de Albuquerque Sousa Filho
Engenheiro - Professor aposentado
Membro Fundador e Presidente Emérito da
Academia Cearense de Engenharia
Ex-Reitor da UFC
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