quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

ARTIGO - Ocorrência Inédita e Auspiciosa (VM)


Ocorrência Inédita
e Auspiciosa
Vianney Mesquita*

Aquele cujas mãos estão cheias de tâmaras não apedreja as plantas.
(SAADI, poeta e filósofo persa)

Dês que sou parte de instituições culturais de nossa Terra, jamais presenciei um sucesso, afeto a estas, que tanto agrado concede a quem a elas consagra dedicação, com vistas à defesa, sustento e evolução natural de feitos culturais, tanto de ordem material, quanto de cariz imaterial, no âmbito antropológico.

Sou o ocupante, desde 1993, da Cátedra 35, da Academia Cearense da Língua Portuguesa, patroneada por Estêvão Cruz, e, sobrante o fato de ser partícipe desta insuperável Corporação, configurada na Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, onde sou titular da Cadeira 22, também componho a Arcádia Nova Palmaciana, como o árcade Jovem Chronos, e fui seu fundador, com assento na Cadeira 1.

Reporto-me à comparência constante aos eventos deste Sodalício da maioria dos (das) nossos (as) beneméritos (as), muitos dos (as) quais pessoas muito ocupadas, empresários de três expedientes, políticos, artistas, literatos de escol, mas que valorizam, à exaustação, os bem apropriados serões e programas culturais diversos desta Academia, não importando o período da semana, tampouco a hora do dia ou da noite (modéstia à parte da nossa operosa Diretoria).

Vê-se, pois, com admiranda vigência, o comparecimento, à maioria dos eventos acelejanos, e.g., do intelectual eclético José Augusto Bezerra, de há muito no pantheón da história da cultura do Ceará, mercê de sua atuação inexcedível, tanto na Presidência do Instituto do Ceará, onde realizou trabalho dos mais relevantes, quanto na Direção-mor da Academia Cearense de Letras, cujos haveres físicos do edifício-sede e de seus arredores houve por bem magnificamente recobrar; sem narrar, por dispensável – e para não operar delongas – os onera de que se descomete nos diversos quadrantes de apuro cultural para os quais é chamado a organizar e socorrer, como, verbi gratia, na qualidade de fundador e mentor maior da Associação Brasileira de Bibliófilos, com sede no Ceará.

A igual sucede, ainda, com os senhores ministro Ubiratan Aguiar, homem de letras e operador substantivo e adjetivo do Direito, na doutrina e na jurisprudência, Presidente atual da ACL; empresário Beto Studart, atuante em todos os setores da Economia e Presidente da FIEC, reconhecido internacionalmente como empreendedor e, acima de tudo, mecenas; Evaldo Gouveia, cantor, compositor paradigmático da canção nacional – letras e melodias  apreciado por audiências de todos os intervalos etários; o médico, político, administrador e erudito do beletrismo nacional, Lúcio Alcântara, modelo de pessoa [consoante o são, também, os (as) demais componentes beneméritos (as) da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, apreciados (as), em primo lugar pelos caracteres de pessoas retas]; mais a senhora Graça Dias Branco da Escóssia, o empresário múltiple Edson Queiroz Neto, o pintor e poeta Descartes Gadelha, o administrador e empresário de visão patrial, Deusmar Queiroz... e os outros beneméritos da ACLJ, cujo exercício de ações profissionais, bem assim no concerto da sociedade, inteligência e cultura, requer o registro num livro de duzentas ou mais páginas para cada qual.

Admirável, por exemplo – num lance em que também sobrelevo os nomes de TODOS os nossos beneméritos  é a figura da Dr.a Paula Queiroz Frota, ao aparecer com destaque e juntamente com seu marido (Dr. Sílvio Frota) desde que foi empossada, em todos os eventos desta Arcádia, sendo evidente sua satisfação em participar de um ato da ACLJ, bastando o leitor divisar as fotografias de cobertura de tais solenidades, onde ela se destaca em simpatia, decerto, pela estimação conferida por ela à dignidade da benemerência, mercê da justiça e inteligência que preside ao caráter do Presidente-Fundador, Dr. Reginaldo Vasconcelos, responsável por sua indicação oportuna e correta.

De tal maneira, registo, in albo lapillo, meu aprazimento com os fatos narrados, pois eles ajudam a conduzir a Academia Cearense de Literatura e Jornalismo ao apogeu do orgulho, e máxime porque também ratificam os pretextos de sua fundação há seis anos, autentificando o seu sucesso até hoje como um dos silogeus mais aparentes, prestigiosos e afiançados do Ceará.




COMENTÁRIO:

Sem a intenção de fazer guerra de confetes com o articulista, tampouco incorrer em falsa modéstia no que ele a mim refere, de fato tenho feito um grande esforço pelo sucesso da ACLJ, que me tem recompensado.

Porém, isso não me faz credor de nada, porque a minha atuação acelejana não me martiriza, não me mortifica, não me sacrifica, não dá jus a resgate, já que atende apenas à minha mais íntima e prazenteira compulsão.

Entre as minhas taras – sejam elas inatas, segundo defendia Rousseau, sejam elas natas, pela teoria de Hobbes – está o prazer lúbrico de operar com os coetâneos para beneficiar os pósteros, dos circunstantes para os distantes, do campo privado para o âmbito coletivo. 

Isso me faz candidato ao conceito de “estafermo”, ou de "otário", ou de "lesado", para os que não sabem das grandes vantagens psíquicas que consigo tirar disso. Se faço por prazer, e não sofro ao fazê-lo, não há mérito de minha parte, segundo me parece.

De resto, corroboro a constatação de Vianney Mesquita quanto à importância dos nossos Beneméritos para o brilho da entidade, que no caso da Dra. Graça da Escóssia e da Dra. Paula Frota extrapola o aspecto meramente simbólico para uma participação muito efetiva, assim também com o empresário Igor Barroso, muito presente e interessado. 

Mas o que o Prof. Vianney não atina, e por isso não alude, é a imensa participação dele próprio para o engrandecimento da ACLJ, benefício que já se configura por ele integrá-la, em face de seu grande prestígio como intelectual, mas também pela sua rica colaboração com o Blog e absoluta presteza para o que lhe for solicitado.

Reginaldo Vasconcelos


Nenhum comentário:

Postar um comentário