Ocorrência Inédita
e Auspiciosa
Vianney Mesquita*
Aquele cujas
mãos estão cheias de tâmaras não apedreja as plantas.
(SAADI, poeta e filósofo persa)
Dês
que sou parte de instituições culturais de nossa Terra, jamais presenciei um
sucesso, afeto a estas, que tanto agrado concede a quem a elas consagra dedicação,
com vistas à defesa, sustento e evolução natural de feitos culturais, tanto de
ordem material, quanto de cariz imaterial, no âmbito antropológico.
Sou
o ocupante, desde 1993, da Cátedra 35, da Academia Cearense da Língua
Portuguesa, patroneada por Estêvão Cruz, e, sobrante o fato de ser partícipe
desta insuperável Corporação, configurada na Academia Cearense de Literatura e
Jornalismo, onde sou titular da Cadeira 22, também componho a Arcádia Nova
Palmaciana, como o árcade Jovem Chronos, e fui seu fundador, com assento
na Cadeira 1.
Reporto-me
à comparência constante aos eventos deste Sodalício da maioria dos (das) nossos
(as) beneméritos (as), muitos dos (as) quais pessoas muito ocupadas,
empresários de três expedientes, políticos, artistas, literatos de escol, mas
que valorizam, à exaustação, os bem apropriados serões e programas culturais
diversos desta Academia, não importando o período da semana, tampouco a hora do
dia ou da noite (modéstia à parte da nossa operosa Diretoria).
Vê-se,
pois, com admiranda vigência, o comparecimento, à maioria dos eventos acelejanos, e.g., do intelectual eclético José Augusto Bezerra, de há muito no pantheón da história da cultura do Ceará,
mercê de sua atuação inexcedível, tanto na Presidência do Instituto do Ceará,
onde realizou trabalho dos mais relevantes, quanto na Direção-mor da Academia
Cearense de Letras, cujos haveres físicos do edifício-sede e de seus arredores
houve por bem magnificamente recobrar; sem narrar, por dispensável – e para não
operar delongas – os onera de que se descomete
nos diversos quadrantes de apuro cultural para os quais é chamado a organizar e
socorrer, como, verbi gratia, na
qualidade de fundador e mentor maior da Associação Brasileira de Bibliófilos,
com sede no Ceará.
A
igual sucede, ainda, com os senhores ministro Ubiratan Aguiar, homem de letras
e operador substantivo e adjetivo do Direito, na doutrina e na jurisprudência, Presidente
atual da ACL; empresário Beto Studart, atuante em todos os setores da Economia
e Presidente da FIEC, reconhecido internacionalmente como empreendedor e, acima
de tudo, mecenas; Evaldo Gouveia, cantor, compositor paradigmático da canção
nacional – letras e melodias – apreciado por audiências de todos os intervalos
etários; o médico, político, administrador e erudito do beletrismo nacional,
Lúcio Alcântara, modelo de pessoa [consoante o são, também, os (as) demais
componentes beneméritos (as) da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo,
apreciados (as), em primo lugar pelos caracteres de pessoas retas]; mais a
senhora Graça Dias Branco da Escóssia, o empresário múltiple Edson Queiroz
Neto, o pintor e poeta Descartes Gadelha, o administrador e empresário de visão
patrial, Deusmar Queiroz... e os outros beneméritos da ACLJ, cujo exercício de
ações profissionais, bem assim no concerto da sociedade, inteligência e cultura,
requer o registro num livro de duzentas ou mais páginas para cada qual.
Admirável,
por exemplo – num lance em que também sobrelevo os nomes de TODOS os nossos
beneméritos – é a figura da Dr.a Paula Queiroz Frota, ao aparecer com destaque
e juntamente com seu marido (Dr. Sílvio Frota) desde que foi empossada, em
todos os eventos desta Arcádia, sendo evidente sua satisfação em participar de
um ato da ACLJ, bastando o leitor divisar as fotografias de cobertura de tais
solenidades, onde ela se destaca em simpatia, decerto, pela estimação conferida
por ela à dignidade da benemerência, mercê da justiça e inteligência que
preside ao caráter do Presidente-Fundador, Dr. Reginaldo Vasconcelos, responsável
por sua indicação oportuna e correta.
De
tal maneira, registo, in albo lapillo,
meu aprazimento com os fatos narrados, pois eles ajudam a conduzir a Academia
Cearense de Literatura e Jornalismo ao apogeu do orgulho, e máxime porque também
ratificam os pretextos de sua fundação há seis anos, autentificando o seu
sucesso até hoje como um dos silogeus mais aparentes, prestigiosos e afiançados
do Ceará.
COMENTÁRIO:
Sem a intenção de fazer guerra de
confetes com o articulista, tampouco incorrer em falsa modéstia no que ele a mim refere, de fato tenho feito um grande esforço pelo sucesso da ACLJ, que me tem recompensado.
Porém, isso não me faz credor de nada,
porque a minha atuação acelejana não me martiriza, não me mortifica, não me
sacrifica, não dá jus a resgate, já que atende apenas à minha mais íntima e
prazenteira compulsão.
Entre as minhas taras – sejam elas
inatas, segundo defendia Rousseau, sejam elas
natas, pela teoria de Hobbes – está o prazer lúbrico de operar com os coetâneos para
beneficiar os pósteros, dos circunstantes para os distantes, do campo privado para o âmbito coletivo.
Isso me faz candidato ao conceito de “estafermo”, ou de "otário", ou de "lesado", para
os que não sabem das grandes vantagens psíquicas que consigo tirar disso. Se
faço por prazer, e não sofro ao fazê-lo, não há mérito de minha parte, segundo me parece.
De resto, corroboro a constatação de Vianney Mesquita quanto à importância dos nossos Beneméritos para o brilho da entidade, que no caso da Dra. Graça da Escóssia e da Dra. Paula Frota extrapola o aspecto meramente simbólico para uma participação muito efetiva, assim também com o empresário Igor Barroso, muito presente e interessado.
Mas o que o Prof. Vianney não atina, e por isso não alude, é a imensa participação dele próprio para o engrandecimento da ACLJ, benefício que já se configura por ele integrá-la, em face de seu grande prestígio como intelectual, mas também pela sua rica colaboração com o Blog e absoluta presteza para o que lhe for solicitado.
Reginaldo Vasconcelos
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