segunda-feira, 5 de setembro de 2016

CRÔNICA - Zé Pinto e Berimvolks (TL)


ZÉ PINTO E BERIMVOLKS
Totonho Laprovitera*



Um dos maiores escultores cearenses de todos os tempos, Zé Pinto realizava seus trabalhos a partir de sucata de material de qualquer natureza. Garimpador de ferro velho, transformava em arte metais amassados, pregos envergados, molas disformes e peças de máquinas.

As criações de Zé Pinto foram expostas em museus, praças, prédios e ruas de Fortaleza. Transpôs as porteiras do Ceará, do Nordeste e do Brasil, indo bater em museus de Portugal e do Vaticano, além de pertencer a acervos particulares na Alemanha e nos Estados Unidos.

Artista de rua que animava as noites da fortalezense Beira Mar, nos anos 1970 e 1980, Berimvolks era assim apelidado por causa do seu instrumento musical ser semelhante a um berimbau, mas, feito com para-choque e calota de Volkswagen.

Pois é, reaproveitando materiais beneficiados como matéria-prima para novos produtos, os criativos artistas Zé Pinto e Berimvolks são dois bons exemplos de que reciclar é uma atitude de cidadania e um bom hábito de quem protege o ambiente e pensa num futuro com qualidade.

Representantes do eterno vanguardismo cearense, Zé Pinto e Berimvolks foram artistas à frente de seu tempo.


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