AS TERTÚLIAS DAS
FILHAS DE DONA JU
Totonho Laprovitera*
Religiosa que só, a santa e respeitada viúva Dona Ju era cheia de exigências
para permitir que as suas três filhas promovessem as animadas e concorridas tertúlias
em sua residência da Vila Pita. Para tanto, primeiramente, exigia das meninas a
relação de convidados, para a rigorosa seleção de frequência, onde, moça falada
e rabo de burro eram sumariamente excluídos.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkUqEBq-gfZkFe-94uAqHJCv81g15c7ziE6rElotO0IKyC8zBW8plFBJp2ADv_MVOx2AVLeAEBqIAG9VnkS-1cRfejP6tMmC81jcRH3E2MR9OxBuT3ApxXjqD1LpJSB22n6AEdN8TDrP0Q/s1600/RADIOLA.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8UEHudqLEZDAJzae_S-13Ve2S9y03LsF85P0XngrN0AjuGdeztYljn9zkWI4ZGyEYZCFP0RNb8PSF8l22aEiAG2ipPNbI_iDkDKq7t_mAazQxXaRgkqpd4FDfAKQ12ac9HYb7wTHR7l4u/s200/RADIOLA+I.jpg)
Apesar de todos os cuidados com as donzelas, vez por
outra, quando na já cansada radiola a pilha tocava música lenta, vigiando, Dona
Ju fazia piscar a luz do recinto para espaçar os inocentes casais, grudados de
infantis quimeras e sequiosos desejos juvenis.
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