segunda-feira, 18 de julho de 2016

NOTA JORNALÍSTICO-LITERÁRIA

LÚCIO BRASILEIRO
LANÇA O LIVRO
SOCIEDADE CEARENSE 
2016



A biblioteca da ACLJ recebeu na semana passada, por intermédio do acadêmico Vicente Alencar, com dedicatória, um exemplar do livro Sociedade Cearense, edição de 2016, organizado e editado pelo jornalista veterano Lúcio Brasileiro, que é comendatário da nossa instituição, detentor da Medalha Governador Parsifal Barroso.


O jornalista recebeu a condecoração por ocasião de seu Jubileu de Diamante no jornalismo, ao completar 60 anos de militância ininterrupta em jornal impresso, em 2014, um recorde mundial – além de atuação contínua em rádio e TV.

Lúcio Brasileiro (nascido Newton Quezado Cavalcante), com essa iniciativa editorial, resgata a tradição mantida por muitas décadas pelo jornalista coestaduano Luciano Diógenes, recentemente falecido, que lançava todo ano o catálogo Personalidades do Ceará, publicação que, até o ano de 2014, registrava os endereços de todos os políticos, administradores públicos, grandes empresários, tabeliães, gerentes bancários, líderes classistas, presidentes de instituições do terceiro setor e socialites cearenses.

A obra de Lúcio Brasileiro, como acontecia à de Luciano Diógenes, faz as vezes de um almanaque who is who (quem é quem), comum nos Estados Unidos, porque, enfim, distingue todos os VIPs da sociedade cearense. Mas também tem a função utilitária de facilitar contatos pessoais e institucionais entre as pessoas.

O belo tomo de Sociedade Cearense, impresso e encadernado em capa dura na Gráfica e Editora LCR, em suas 242 páginas, distingue a priori as autoridades estaduais constituídas, com seus respectivos endereços oficiais, depois relaciona os sobrenomes dos distinguidos em ordem alfabética, em seguida relaciona, dentre eles, os aniversariantes de cada mês do ano, e, por fim, traz um índice remissivo.

Trata-se de um trabalho de fôlego, e de grande utilidade para quem precise se comunicar com os próceres da cidade, mas que ainda traz omissões inexplicáveis – ou talvez explicáveis pelo desinteresse pontual de alguns pró-homens que eventualmente prefiram não ter o seu endereço divulgado, em tempos de tanta violência urbana, de carros blindados, de muros altos, de cercas elétricas, de segurança particular armada. 

Não estão, por exemplo, entre os verbetes do livro, o Senador Tasso Jereissati; algum dos ex-governadores Ferreira Gomes; o inolvidável nome do radialista, advogado, professor e político Cid Carvalho; o presidente da Academia Cearense de Letras, a mais antiga do Brasil, José Augusto Bezerra. 

Não constam ainda os contatos do mais prestigiado revisor, e do mais renomado capista e ilustrador de livros na cidade, os professores Vianney Mesquita e Geraldo Jusuino da Costa, respectivamente, nem do  radialista e pesquisador Miguel Ângelo de Azevedo, o Nirez, a maior fonte de pesquisa histórica, discográfica e iconográfica do Estado – lacunas informativas do meio editorial. Mas isso não desdoura a obra nem reduz a sua importância, que certamente, nas edições futuras, vai ser cada vez mais acrescida e aprimorada. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário