A REVOLTA DAS MASSAS
Rui Martinho Rodrigues*
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A passionalidade é irracional.
Nacionalismo é paixão. Quem acicatou o nacionalismo contra o livre comércio
queria explorá-lo politicamente. Agora, temendo os seus efeitos não
programados, profliga aquilo que até ontem exaltava, fazendo-o sem nenhum rubor
na face, sem fazer a autocrítica.
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Sem as influências místicas, podemos
observar o efeito manada na elite intelectual, que erra invariavelmente ao
engajar-se em movimentos políticos e ideológicos. Seguiu as doutrinas racistas
do século XIX; o pensamento lombrosiano; entusiasmou-se, particularmente no
Brasil, pelo positivismo comteano, sem embargo das evidentes fragilidades
teóricas e da falta de base empírica destas e de outras doutrinas de grande
prestígio.
Mudar de rumo ao sabor das
conveniências é outro traço das elites intelectuais. O povo simples, que forma
a maioria silenciosa, porém, não está tão exposto aos sofismas das elaboradas
doutrinas dos grandes pensadores. Até repete o que eles dizem. Chega a ser iludido pelo adjetivo “científico”
que os sofistas do nosso tempo invocam. Aceita, em tese, a desqualificação do
senso comum, com o que tentam deixá-lo a mercê das doutrinas incompreensíveis
para os simples, e até muitos intelectuais.
Mas quando se sente incomodado não se
deixa guiar e reage. Não sendo preparado para enfrentar desafios de alta
complexidade, pode meter os pés pelas mãos e eleger um populista que cante uma música diferente daquela que já está desacreditada.
O mundo está sem lideres, sem partidos
e sem projetos sérios.
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