sexta-feira, 29 de novembro de 2013

CRÔNICA

APANÁGIO DO BANHEIRO
DA JUS FACULTAS
Por Bráulio Ramalho*



Vivenciava-se a década de 70. Em convivência fraterna, descompromissada e divertida, alguns acadêmicos de Direito da Universidade Federal do Ceará frequentavam, após as aulas, os bares e restaurantes ao redor da Faculdade.

Nesses encontros, eram feitos poemas sobre os mais variados temas, a maioria dos quais jocosos e gracejadores. Comumente, os versos ironizavam a Faculdade e seu corpo docente, não obstante a Instituição possuir alguns dos melhores e mais renomeados mestres do País.

Certo dia em que se dirigia para um dos bares próximos, imbuído do espírito folgazão reinante, Márcio Catunda fez a primeira parte das sextilhas em homenagem ao banheiro da Faculdade:

        Márcio Catunda, na Espanha
"Nesse Montana esquisito,
onde senta o bacharel.
fazer força é um delito
sem recurso para o réu,
pois condena o douto aflito
Pela falta de papel".


De imediato, Vianney Mesquita completou o poema:

     Vianney Mesquita, em Portugal
"Em face desse dilema,
o bacharel passa mal.
Procura o "x" do problema
sem o dado principal,
montado todo o esquema,
quebra o galho com o jornal".

 
(RAMALHO, Bráulio E. P. Magistério Hilariante. Fortaleza, Expressão Gráfica, 2012, p. 69).
* Bráulio Eduardo Pessoa Ramalho é filósofo, advogado, Escritor e docente da UNIFOR e da UECE.

Nenhum comentário:

Postar um comentário