sexta-feira, 15 de novembro de 2013

POEMA DE NATAL

A ALMA DA ALDEIA
Por Luciano Maia*
Em  Fortaleza, 13 de novembro de 2013  




                      
      Eu creio que a Eternidade nasceu na aldeia.
                                                               Lucian Blaga

Enquanto o céu de noite se vestia
a lamparina, dentro da cabana
tentava prolongar o fim do dia
por trás da porta tosca de umburana.
A lua é outra mágica alegria
ao despontar soberba e não engana:
a noite na colina se anuncia
e sobre a aldeia paira, soberana.
Chegou o Natal; da pobre manjedoura
sem ornamentos, pois que de verdade
sob o luar, que a envolve e doura
se escuta um choro, quase alacridade...
A alma da aldeia em prece, qual se fora
dela nascida a própria Eternidade!

 *Luciano Maia
Professor - Poeta - Cônsul da Romênia em Fortaleza
Titular da Cadeira de nº 8 da ACLJ

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