A RÚSSIA
EM
TEMPO DE COVIDE-19
Dmitry Sidorenko*
Atualmente, o número de doentes com coronavirus na Rússia chegou a 500,
na ordem de 200 são naturais de Moscou – e, não por acaso, na maioria gente
que voltou recentemente da Europa. Os habitantes de Moscou viajam mais para a Europa
do que para outras cidades do País. Porém, comparando com o número de doentes,
e, sobretudo, com o número de mortos na Itália (hoje já chegam a 6.000), a situação
aqui na Rússia está tranquila... pelo menos por enquanto.
Até o dia de ontem a Rússia já mandou mais de 10 aviões com
equipamentos e médicos militares, bons infectologistas que lutaram contra vários
tipos de vírus, em varias partes do mundo (contra o Ebola, na África, por exemplo),
para ajudar a população da Itália a superar essa tragédia.
No noticiário desta manhã foi exibido um vídeo italiano sobre um
velho que tirou da varanda de sua casa a bandeira da Comunidade Europeia (aquela
azul, com as estrelinhas amarelas), para esconder no quarto escuro, e botou a
bandeira da Rússia, ao lado da bandeira da Itália.
No Brasil a situação começou igual à nossa. A vida mudou muito com
esse coronavirus – no Brasil, na Rússia e no mundo todo, nas últimas três
semanas. Diz-se por aqui que esse vírus fica ativo com a temperatura do ar de +5
a +8. Em temperaturas mais baixas, se não passar direto de boca a boca pelas
cotículas de saliva, esse vírus morre.
A propósito, hoje ficamos contentes com a temperatura de 1,5 negativo,
pois nessas condições ambientais o vírus fica menos ativo. No caso do
Brasil, com o calor de 36 a 37 graus, ele deveria ser neutralizado, mas, afinal, a
epidemia continua, de modo que talvez ele tenha certa variação tropical.
Na Rússia, ainda sem se dispor de uma vacina específica
contra esse vírus, os cientistas estão aplicando a sua experiência de muitos
anos da luta contra vários tipos de gripe, nos invernos rigorosos, agora na busca de remédios contra este novo coronavirus.
Nunca a Rússia viveu uma situação como esta, em que todas as
fronteiras se fecharam. A Rússia se fechou até 1º de maio. Temos esperança de que
a situação melhore em maio, ou, pelo menos, em junho. Se Deus quiser.
São Petersburgo - Rússia - 24.02.2020
São Petersburgo - Rússia - 24.02.2020
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