El PAREDÓN
Martônio de Vasconcelos*
(Soneto
a Emiliano Zapata)
A guerrilha viveu a tempo pleno,
Nas trincheiras cavou a liberdade,
Mergulhada nas sombras, na cidade
Destilando dos ódios o veneno.
Ao romper os grilhões da tirania,
Buscou na morte um novo renascer:
Se a Nação Mexicana vai viver,
Eu agora me vou, mas volto um dia.
Carabinas de algozes já lhe apontam
Um caminho por certo bem escuro.
Demônios mil já nunca mais se contam.
O herói sucumbe em trágico momento
Mas do corpo liberto fez-se o assento;
Do passado a incerteza do futuro.
Extraordinário soneto decassilábico português de teor histórico! Dotado de tanto estro, caso, entanto, o poeta queira consoar a primeira estrofe com a segunda, aí, então, sobrará insuperável pedacinho da Ode Mexicana.
ResponderExcluirParabéns!
Vianney Mesquita