domingo, 21 de fevereiro de 2016

NOTA ACADÊMICA - 2ª Reunião Mensal

2ª REUNIÃO MENSAL DA ACLJ

Foi bem concorrida a 2ª Reunião Mensal da ACLJ, que ocorreu na manhã deste dia 20 de fevereiro (3º sábado do mês), no Palácio da Luz (sede da Academia Cearense de Letras), apesar do dilúvio que se abateu sobre a cidade no início daquela madrugada, prolongando-se quase até o meio-dia.

A ela compareceram os acadêmicos Cid Carvalho, Rui Martinho Rodrigues, Arnaldo Santos, Antonino Carvalho, Cândido Albuquerque, Vianney Mesquita, Geraldo Gadelha, Adriano Jorge, Dennis Clark, Reginaldo Vasconcelos, Aluísio Gurgel, Altino Farias, Paulo Ximenes, Dorian Filho, Geraldo Jesuino e Humberto Ellery.

Em razão do atraso que o temporal ocasionou, o café da manhã servido no grande salão do Palácio foi tardiamente degustado, porém cumpriu bem a sua função, pois se presume que a pressa natural do dia chuvoso abreviara o desjejum caseiro de muitos dos presentes à solenidade.

A cerimônia se dividiu em duas etapas, a primeira delas dedicada a temas administrativos da nossa entidade, com uma explanação do Secretário-Geral Reginaldo Vasconcelos, no exercício da Presidência, sobre o processo de refundação da ACLJ (Ab Census ad Lustrum). 

Na segunda fase, conduzida pelo confrade Arnaldo Santos, se fez uma homenagem póstuma ao Auditor Federal Ayrton Vasconcelos, pai de três acelejanos e amigo de muitos deles, falecido no último dia 24 de janeiro, proposta formulada pelo Presidente de Honra Cid Carvalho, tendo como segundo proponente o acadêmico Antonino Carvalho. 

A viúva do homenageado recebeu em nome dele o título de Membro Honorário Post Mortem, em reconhecimento de sua colaboração pessoal para a fundação da ACLJ, havendo comparecido como convidado a todas as suas Assembleias Gerais, durante os últimos cinco anos. 

Ela descerrou ainda o retrato do falecido marido, pintado a óleo, que lhe foi presenteado. 

Durante o primeiro momento da reunião os membros presentes foram instados a renovar os seus votos acadêmicos, formalizados em documento próprio, termo assinado por cada um, de modo a permanecer na titularidade da sua Cadeira. Vai abaixo o teor da explanação feita pelo Secretário-Geral Reginaldo Vasconcelos.



“Estamos aqui reunidos para a nossa 2ª Reunião Mensal deste ano, nesta fase de refundação da ACLJ. Nessas nossas reuniões matinais de todo mês pretendemos iniciar uma verdadeira vida acadêmica, mais pulsante e mais profícua, pois nelas deveremos debater a administração da entidade, e poderemos discutir temas sobre o mundo editorial local e sobre a mídia, destacando especialmente a produção de cada um dos confrades, mas também enfocando trabalhos de jornalistas e escritores cearenses alheios ao nosso silogeu, do passado e do presente.

No processo de refundação desta ACLJ ora em curso, e que se concluirá até o dia 04 de maio vindouro, quando a entidade completará os seus primeiros cinco anos de existência, se iniciará uma nova fase, da qual participarão todos os atuais acadêmicos, entretanto alguns sublimados à condição de Membros Honorários, enquanto os que renovarem seus votos manter-se-ão como titulares das suas respectivas cadeiras, e outros se elegerão às que vagarem.

A primeira fase da ACLJ será registrada em livro-revista a ser lançado na solenidade aniversária, com registro, inclusive iconográfico, de todas as pessoas que dela participaram e de todos os fatos que em seu âmbito aconteceram, de modo que no processo de refundação não se renegará nada e ninguém, mas apenas se ingressará em nova quadra em que a nossa academia se mostrará mais madura e rediviva, como o veículo que engata a última marcha, a velha “prise”, para ganhar velocidade de cruzeiro.

Não estamos inovando com a iniciativa. Os romanos realizavam a cada cinco anos o Census ad Lustrum, em que tudo era revisto para se iniciar uma nova fase na vida administrativa e social de sua gente. E as academias literárias veteranas brasileiras, se não fazem o mesmo com essa regularidade temporal, tiveram de fazê-lo forçosamente quando cada uma delas se mostrou enfraquecida pela rotina, em vias de extinção.

A nossa confraria age preventivamente quando ainda tem vigor. Não se tem notícia de nenhuma outra academia de letras no Brasil que mantenha um Blog na Internet há cinco anos, a um só tempo noticioso e literário, crítico e opinativo, constantemente movimentado por seus membros.

A par disso, a ACLJ tem encabeçado e encampado campanhas de cunho histórico e cultural, como, por exemplo, a complementação da galeria de hermas da Praça da Imprensa, que tem lacunas graves, as quais, conjuntamente com a ACI, estamos tentando sanar junto à nossa Prefeitura, incluindo ali os bustos de Eduardo Campos, Guilherme Neto, Ivonete Maia e Edilmar Norões.

Por outro lado, a ACLJ não é, e não pretende ser, um museu de cera em que figurem, imóveis, jornalistas e escritores cearenses, mas uma usina de ideias inspiradas, pois seus membros estão ativamente produzindo trabalhos de grande relevância. Vianney Mesquita, por exemplo, enquanto revisa e resenha obras de terceiros, não para de escrever e publicar os rebentos próprios, e tem sempre no prelo dois ou três títulos novos.

Por outra banda, Aluísio Gurgel do Amaral Júnior se debruça sobre um trabalho de peso, uma ficção com base histórica que tem como cenário o Ceará do Século XIX, livro que se denominará O Confederado.

Rui Martinho Rodrigues acaba de lançar dois livros novos, com a participação de outros autores acelejanos, dentre eles Cândido Albuquerque, Roberto Martins Rodrigues e a Prof. Josefina, um dos títulos prefaciado por Aluísio Gurgel e posfaciado pelo também confrade Djalma Pinto. 

Arnaldo Santos prepara um livro delicioso em que ele trata com ironia refinada o momento político atual, envolvendo em sua verve citações de livros, de cinema e de letras de música nacionais, com grande maestria. 

Paulo Ximenes prepara uma coletânea de crônicas e poemas com o título intrigante de “Anotações de um Ex-Sócio do Náutico”, enquanto Adriano Vasconcelos pesquisa, para fins editoriais, a vida do prelado cearense Monsenhor Afonso Pequeno, sobre o qual peço ao próprio autor da obra se reporte.

Para suprir omissões da minha informação ou da minha memória, que atinjam os presentes, peço que autores de obras novas as refiram por agora, ao tempo em que peço que todos os acadêmicos presentes que ainda não tenham formalizado a renovação de seu voto acadêmico recebam das nossas auxiliares a ficha em que poderão fazê-lo”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário