MANHA JUDAICA
Humberto Ellery*
Sobre essa celeuma em torno do triplex
do Lula na Praia das Astúrias, em Guarujá, bem como aquele belíssimo (e
luxuoso) sítio em Atibaia, também a ele pertencente, que ele jura de pés juntos
não são dele (a dúvida é se a ocultação de patrimônio indica lavagem de
dinheiro ou pagamento de propina, ou os dois crimes combinados), a verdade é
que o imbróglio me fez lembrar de uma piada contada a mim por um
amigo judeu.
Diz que uma viúva judia, Sara era seu
nome, chorava copiosamente junto ao mausoléu do falecido, “conversando” com o
marido, como se ele ainda estivesse vivo. E se lamentava em voz alta: “Oh!
Jacó, Jacó, por que você deixou Sara tão sozinha. Por que você partiu tão cedo,
Jacó, e deixou Sara sofrendo.
Jacó... Jacó... Sara não aguenta mais de tanta saudade, meu querido Jacó”. Nisso
passou por ali um Rabino, compadeceu-se de Sara, e percebeu que o nome sobre a
face do mausoléu não era o de Jacó.
Então o Rabino dirigiu-se a Sara
dizendo: “Sara, minha filha, que Deus te dê a consolação. Mas, escute: Você
está rezando no túmulo errado; veja, aqui está escrito que o nome do defunto é
David Bronstein” – ao que Sara respondeu: “Não, Rabi, este túmulo é mesmo de
Jacó. É que o danadinho não tinha nada em seu nome!”.
Nota do Editor:
O advogado de Lula da
Silva afirmara que ele nada tinha a ver com o apartamento em Guarujá,
fabricando uma lorota mal contada sobre uma cota que ele teria na cooperativa
falida, a qual (a família) havia decidido resgatar em dinheiro.
Isso corresponde a
uma tese absolutória, em linguagem criminal, quando o acusado opta por negar peremptoriamente
a autoria do fato.
Mas, diante do
testemunho irrefutável dos empregados do edifício, resolveram mudar a tese.
Através de seu Instituto Lula, o acusado resolveu admitir que de fato ia
comprar o triplex, e que de fato compareceu a ele com o presidente da empreiteira
OAS, e que realmente acompanhou sua
reforma – mas que por fim desistiu da aquisição.
Em direito penal, ele
optou por fazer uma “confissão qualificada”, reconhecendo que de fato praticou
o delito, mas que o fez em condições especiais – excludente de ilicitude, violenta
emoção, ou, no caso dele, seguido de arrependimento eficaz.
Ou seja, ele foi
aconselhado a partir a perna para fugir da armadilha. Fica difícil explicar uma
reforma mais cara que o próprio apartamento, custeada por empresa que mantinha
negócios com o seu Governo – e depois desprezar esse mimo, logo que as
denúncias estouraram.
Tudo induz a conclusão
de que ele fosse o dono oculto daquele imóvel, bem como do tal sitio em Atibaia,
com o qual se verifica cambalacho semelhante.
O “alaranjamento” de
empresas e patrimônios é manobra muito conhecida da Justiça, a que recorrem
políticos desonestos e empresários, seja para sonegar impostos, seja para
esconder a origem escusa de capitais.
A piada judaica, glosando as notórias espertezas judaicas que se referem à acumulação de patrimônio, não é ofensiva, mas antes denota simpatia por esse grupo étnico, pois o povo judeu tem orgulho de suas habilidades negociais, e de seu próprio seio advém esse anedotário.
A piada judaica, glosando as notórias espertezas judaicas que se referem à acumulação de patrimônio, não é ofensiva, mas antes denota simpatia por esse grupo étnico, pois o povo judeu tem orgulho de suas habilidades negociais, e de seu próprio seio advém esse anedotário.
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