sexta-feira, 21 de junho de 2013

CRÔNICA

BRASIL EM CRISE

Há muito, falar e pensar em política me aborrece e enfada. E não é só com relação à do Brasil; à do mundo inteiro também. Mas o Brasil é nosso, e os desmandos daqui doem mais, muito mais em nossos corações. Então, prefiro os bares. Mas como não tenho sangue de barata, aí vai minha opinião sobre o momento político atual.

Nossos problemas são tão graves que fica até difícil começar a falar no assunto. Um puxa o outro, e a gente vai se enfezando mais e mais, com tanta “sacanagem institucionalizada”.

Um simples boato do fim do Bolsa Família causou pânico e deixou seus beneficiários de joelhos, assustados e acovardados perante o Governo Federal. Detalhe: ISSO NÃO É OPINIÃO, É FATO!! Então, há algo de muito errado nessa história. Muito mesmo.

O programa passou de conquista social a simples assistencialismo, em algum momento. Parodiando Chico Buarque, e "ninguém notou, ninguém morou" quando essa fronteira foi rompida. E criou-se um exército de desvalidos dependentes do benefício, sem outro rumo ou perspectiva de melhora.

Isso sem falar nas fraudes de fazer corar qualquer um. Nenhum município passaria por uma auditoria mediana séria no programa do Bolsa Família. Nenhum!! Basta investigar.

Por outro lado, há senadores comprometidos desde a campanha. Eles são acompanhados de uma figura chamada "suplente", que não recebe um voto sequer, mas que, quando o chefão se afasta para ocupar um cargo relevante, previamente acertado, diga-se, eis que num passe de mágica o suplente, que na maioria das vezes o eleitor nem sabe quem é, assume, pronto para servir ao seu senhor, o titular. Que aberração!! Isso é democracia? Diga-me!

Então, o negócio tem que partir de uma ampla reforma política, com o voto distrital como bandeira mor. Precisamos saber em quem votar, e de quem cobrar resultados. Atualmente, é comum o político de uma região apoiar financeiramente um candidato a prefeito de outra, e faturar muitos votos a reboque, sem nunca ter prestado quaisquer serviços ao povo do lugar. Pura negociata!!

As questões tributária e trabalhista emperram o progresso, atrapalham a vida do cidadão, inviabilizam o pequeno empreendedor (hoje em dia, até chefe de família é considerado empreendedor). Mas a quem interessa mexer no sistema político, tributário e trabalhista? A mim, a você, e àquele ali, mas os políticos acham que em time que tá ganhando (o deles) não se mexe.

Por outro lado, as instituições estão paralisadas. Se alguém souber, favor explicar como um deputado eleito, réu num julgamento criminal em curso, pode tomar posse no Congresso Nacional, já condenado pela mais alta corte do país. E, agora, todos em suspense para saber o posicionamento (político) do novo ministro do Supremo...

Tem mais. Lula mobilizou todo o Estado Brasileiro para viabilizar um investimento do apostador Eike Batista. Governador de Estado, BNDES, Governo Federal. Todos a postos para dar uma ajudazinha ao Eike, que estava aperreado... Pergunto: A troco de que? Talvez alguém do porte de um Paulo Maluf responda fácil-fácil essa questão.

Lula e Dilma fizeram campanha antecipada escancaradamente, com recursos públicos... E não deu em nada. A Chefe de Gabinete na Casa Civil da Presidência da República instalou um balcão de negociatas dentro do seu ministério, e Dilma não sabia de nada. Depois, a turma vem com esse papo de que ela é uma excelente "gerente" (ou será gerenta?) da administração pública... Isso já deu no saco!!!

Mas, deixemos esses assuntos de lado e vamos falar do HOJE. Hoje vivemos num regime de exceção. Não podemos ir e vir, senão somos assaltados na rua e até mortos queimados por termos somente R$ 30,00 na conta. 

Não podemos possuir armas de fogo para defender nossos lares, que são, segundo a Constituição, invioláveis. Ou seja, cobrador não pode bater à sua porta, mas marginal pode entrar e matar. Então poderemos esboçar alguma reação de defesa com a faca da cozinha em punho e já com a alma noutro mundo.

Menor de idade rouba, mata e faz pouco de suas vítimas, mas é tratado como criança. Cruéis, pervertidas, nocivas ao cidadão, mas são crianças. Querem que o cidadão brasileiro pague os pecados do Estado, responsável pela educação e saúde para todos. Muitas vezes o pagamento vem com a própria vida, mas "deixem o bichim... é só um a criança...". Muitos pensam assim – até ter um ente querido entre as vítimas. 

As minorias politicamente corretas (ou ridículas) tolhem nossa liberdade de expressão. Não pode dizer isso, não pode falar aquilo. Isso é discriminação, isso dá cadeia... 

E nossas forças armadas? Com o dever constitucional de proteger nosso território e manter a ordem constitucional, elas foram completamente desmanteladas nesses últimos anos. Nossas fronteiras estão abertas ao tráfico (amigo) e à invasão de ONG’s estrangeiras, mais do que nunca. 

Voltando ao assunto "Justiça", nem todos são iguais perante à lei. Mais uma aberração democrática. O próprio ex-presidente afirmou que Sarney, quando acossado por mil denúncias, "não era uma pessoa comum", portanto, demandava tratamento especial. Ou seja, a lei não vale para todos. Mais uma exceção ao regime democrático.

Então, sem proteção da lei, sem o direito de ir e vir, sem nos poder expressar livremente, sem termos a mínima proteção de nosso território... Estamos vivendo numa espécie de "Estado de Sítio" branco.

Espero que essa mobilização nacional popular ache o fio condutor para expressar essas e outras insatisfações da sociedade e consigamos, enfim, o comprometimento dos nossos governantes, dentro da normalidade democrática e institucional, pois não podemos abrir mão desses valores.

Por Altino Farias


Nenhum comentário:

Postar um comentário