Poema
na madrugada Bárbara
Karla Karenina*
Os trovões se sucedem encadeados e estrondosos como a dizerem a
nós, seres apequenados ante o imponderável:
– Calem-se e ouçam o que reverbera do alto! Infinitamente maior do
que pensam que são!
As descargas elétricas acendem os céus da minha cidade fazendo a
noite virar dia, penetrando as pequenas frestas das janelas das almas insones.
– Iluminem-se! Passa da hora!
Raios cortam o mal que assola o ar e sufoca as gentes por todo o
mundo.
A água cai intensa num banho da atmosfera infectada numa tentativa
de salvar a terra mãe da espécie desumana.
Para através da fúria dos elementos, quem sabe, intimidar a empáfia
de parte da nefasta egrégora encarnada e encrostada no egoísmo e na estupidez.
Assisto da janela esse espetáculo que acelera meu coração e torço
pela vitória da senhora dos ventos e das tempestades.
Êparrei Iansã! Êparrei Oyá!
Que belo poema!
ResponderExcluir👏👏👏👏