terça-feira, 27 de novembro de 2018

RESENHA - Observatório (25.11.18)

PROGRAMA OBSERVATÓRIO


A edição deste domingo, 25 de novembro, do Programa Observatório, do jornalista Arnaldo Santos, recebeu o jornalista e advogado Reginaldo Vasconcelos, e os juristas e professores Roberto Martins Rodrigues e Rômulo Leitão, este último Procurador do Município de Fortaleza, todos componentes de sua equipe de debatedores.



O tema central foram as expectativas sobre o futuro Governo Bolsonaro, eleito em outubro último, e que realiza a transição neste momento,  enquanto forma o seu Ministério. 

Arnaldo Santos inciou o debate pontuando que o Presidente Eleito Jair Bolsonaro suavizou o discurso, que durante a campanha tinha um viés preconceituoso e autoritário, mas que agora se mostra mais moderado, resiliente, seguindo uma linha mais conciliadora e mais cordata.  


Roberto Martins Rodrigues comendou a conduta presidencial, considerando inconsistentes as posições de Bolsonaro, que avança e recua, manifestando o seu receito de que, em face disso, o seu Governo fracasse – embora asseverando que deseja e torce pelo seu pleno sucesso, no interesse do País. 
  
Reginaldo Vasconcelos obtemperou que os aparentes recuos do Presidente Eleito Bolsonaro também seriam avanços, já que ele tem demonstrado humildade na disposição de recuar nas suas posições mais polêmicas, ouvindo os mais proficientes conselheiros. E que ele vem cumprindo o compromisso essencial, que é o de fazer nomeações baseadas em critérios técnicos e meritórios.

Rômulo Leitão manifestou preocupação com a falta de apoio parlamentar que o novo Executivo vai enfrentar, já que pretende governar com as bancadas temáticas do Congresso, e não com os partidos, concordando com Arnaldo Santos que essa falta de sintonia com as Casas do Legislativo foi a razão dos dois impeachments de presidentes ocorridos no Brasil – além de ter dado causa a outros fracassos políticos no passado.    

Arnaldo lembrou que ao entrevistar Collor de Mello para a sua tese de mestrado, que se transformou em livro, o ex-presidente confessou que a sua deposição começou a ser urdida na sua campanha à Presidência da República, por ele se recusar a subir em palanques de candidatos ao Legislativo, e evitar salamaleques com parlamentares. 

Teme Rômulo que, ao ter que flexibilizar suas promessas de campanha, diante da grave realidade que vai enfrentar, Bolsonaro decepcione o eleitorado e isso provoque convulsões nacionais de grande porte, como grandes passeatas e greves, e que o País tenha que partir para o seu terceiro processo de impeachment

Em relação a essas perspectivas sombrias, Reginaldo lembrou que a quebra da ordem pública durante o Governo Bolsonaro, de modo a comprometer a paz social, poderá por em risco a democracia, pois os militares no poder tenderão a reagir de forma enérgica. E em acontecendo o impeachment, quem assumiria a Presidência seria o vice, nada menos do que o General Hamilton Mourão, um militar de linha dura

O Observatório, apresentado pelo Jornalista e Sociólogo Arnaldo Santos, titular fundador da ACLJ, vai ao ar todos os domingos, pela TV Fortaleza, canal 6 da Multiplay, às 23 horas, com reprises às segundas e sexta-feiras, às 22 horas.

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