quarta-feira, 14 de novembro de 2018

NOTA ACADÊMICA - Reunião na Tenda Árabe - Momento Cultural na Embaixada

REUNIÃO 
NA 
 TENDA ÁRABE


Na noite da última terça-feira (13.11.18) reuniram-se na Tenda Árabe os acadêmicos Vicente Alencar, Humberto Ellery, Reginaldo Vasconcelos, Adriano Jorge, Paulo Ximenes, Altino Farias, Cássio Borges  e Rui Martinho Rodrigues. 


O tema central da reunião foi a expectativa geral sobre o futuro Governo Bolsonaro, as suas declarações e a formação do seu Ministério.

Tratou-se ainda da chapa única da nova Diretoria da ACLJ, que tomará posse a partir de 01 de janeiro de 2019. Vários nomes foram aventados para assumir a Presidência durante o próximo biênio.

A experiência gastronômica desta vez foi uma deliciosa massa italiana, talharim no molho de frango.

O  prato pertence ao repertório da cozinha internacional da família do Presidente Reginaldo Vasconcelos, transmitido às gerações atuais  pela  matriarca Estefânia.

Seguiu-se à reunião a sessão leitura de poesia e de prosa poética, o "Momento Cultural da Embaixada da Cachaça". Esse tipo de evento informal é comum nos Estados Unidos da América, onde recebe o nome de Poetry Slam. 

Esta prática artística e performática nasceu em Chicago, na Green Mill Tavern, em meados dos anos 80, por inciativa do escritor Marc Kelly Smith, disseminando-se por todo o país e depois pela Europa, e por outras partes do mundo. A palavra Slam refere a poesia produzida para ser lida em público. 

Participaram deste último Momento Literário os acadêmicos da ACLJ Altino Farias, Humberto Ellery, Reginaldo Vasconcelos, Paulo Ximenes, Vicente Alencar, Karla Karenina, Alana Alencar e Adriano Vasconcelos. 

Roberto Paiva, cliente da casa, sempre presente entre os leitores. Dona Maria de Jesus, moradora do bairro, a bordo da sua "cadeira voadora", como era a do poeta Cláudio Pereira, quis participar da tertulia cultural, dando um toque de grande sentimentalidade ao encontro lírio.

















 

Reginaldo Vasconcelos prestou ao final uma homenagem ao poeta Luciano Maia, fazendo a leitura de um poema daquele imortal da Academia Cearense de Letras e da ACLJ, que em seu livro "Do Mar ao Rio" Luciano lhe dedicou, por sabê-lo grande apreciador dos ditos versos.   

SONETO DA MARRÃ EXTRAVIADA
Luciano Maia

O sol reparte a cor da tarde acesa
sobre a folhagem que morreu à míngua.
Uma marrã de ovelha bale, presa
aos garranchos revoltos da caatinga.

Dos cumarus emigram labaredas
nas cascas eriçadas pela brisa.
E as espectrais e lúgubres veredas
pé algum de extravio já não pisa.

Pelas ermas e mudas cercanias
a súplica somente, rouca e vã
que ouvido não escuta; após três dias
a tristeza da estrela da manhã
antes do sol do abutre, prenuncia
a malsinada sorte da marrã.





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