terça-feira, 6 de novembro de 2018

CARTA - Mensagem à Academia Cearense de Engenharia (CB)


CARTA
Cássio Borges*

PARA CONHECIMENTO DOS AMIGOS E CONFRADES DA ACADEMIA CEARENSE DE LITERATURA E JORNALISMO-ACLJ.


Caros Confrades da Academia Cearense de Engenharia-ACE

Tenho dado minha modesta contribuição ao publicar dois artigos nas duas primeiras  edições da revistas editada pela  nossa Academia Cearense de Engenharia.

O primeiro, intitulado CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E ATUAIS SOBRE O PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO, publicado no Vol. 02 Nº 01, de jan/jun de 2017, no qual destaco a importância do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) na viabilização do Projeto de Integração do Rio São Francisco, antecipando esta discussão para a década de 70 na realização de dois seminários em sua sede, em Fortaleza, reunindo todas as instituições ligadas à questão dos recursos hídricos no Brasil.

Nesse artigo, fácil é perceber que a concepção desse empreendimento, nascido e guardado nos escaninhos do Dnocs,  sofreu profundas modificações,  “ressaltado o aproveitamento da infraestrutura hídrica  existente já realizada pelo Dnocs”. No meu entendimento tais modificações com forte tendência ao faraonismo, a partir da absurda e desnecessária vazão projetada para  ser retirada do Rio São Francisco, de 127 m³/s.

O segundo, na edição de jul/dez de 2017, intitulado OS DESAFIOS DA CONQUISTA DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO, no qual destaco a importância do Dnocs ao dizer que “o Nordeste brasileiro cresceu e se desenvolveu graças ao Dnocs”. Alguém ousa contestar esta pura, crua e nua verdade?


Quero também me referir ao artigo anexo, intitulado FAÇA-SE A ÁGUA, publicado nesta semana no blog da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo e ao artigo A VERDADE TARDA, MAS NÃO FALTA, publicado no blog do jornalista Eliomar de Lima, do Jornal O Povo, no qual eu, depois de mais de 30 anos de discussão, desmascaro a farsa do Açude Castanhão, que desorganizou e desmantelou o excelente planejamento hídrico do vale do Rio Jaguaribe, elaborado pelo Dnocs na década de 50, no qual era prevista, não só a Barragem do Castanheiro, no Rio Salgado, como a de Aurora, na mesma exuberante bacia hidrográfica, considerada “a caixa d’água” do estado Ceará.

Nesse planejamento, o Dnocs denominava os Açudes  Orós, Banabuiú e Castanheiro de “Barragens Chaves” ou “Barragens Mães” do vale do Rio Jaguaribe.   Mas nunca é tarde demais para corrigir os erros do passado, mesmo admitindo-se os enormes e irreversíveis gastos inúteis com obras desnecessárias,  sem o devido e  adequados planejamento.




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