sexta-feira, 23 de novembro de 2018

NOTA ACADÊMICA - Reunião na Tenda Árabe - Momento Cultural na Embaixada

REUNIÃO 
NA 
 TENDA ÁRABE


Na noite da última terça-feira (20.11.18) reuniram-se na Tenda Árabe os acadêmicos Arnaldo Santos, Marcos Gurgel, Reginaldo Vasconcelos, Adriano Jorge, Paulo Ximenes, Altino Farias, Rui Martinho Rodrigues e João Pedro Gurgel.

A experiência gastronômica desta vez foi "Arroz Maria-Isabel", que é um rizoto nordestino preparado com carne de sol, frita na manteira de garrafa, temperado com leite de coco, cúrcuma e verduras, notadamente cebola, pimenta-de-cheiro e cheiro verde.

O  prato pertence ao repertório da cozinha regional da família do Presidente Reginaldo Vasconcelos, transmitido às gerações atuais  pela saudosa matriarca.

Seguiu-se à reunião a sessão leitura de poesia e de prosa poética, o "Momento Cultural da Embaixada da Cachaça". 




Esta prática artística e performática nasceu em Chicago, na Green Mill Tavern, em meados dos anos 80, por inciativa do escritor Marc Kelly Smith, disseminando-se por todo o país e depois pela Europa, e por outras partes do mundo. A palavra Slam refere a poesia produzida para ser lida em público.




Roberto Paiva, cliente da casa, sempre presente entre os leitores, abriu a sessão de leituras, seguido por  Sérgio Simonetti, que declamou um soneto, composto por um personagem da novela que ele produz no Facebook – portanto uma "face-novela". 




Dona Maria de Jesus, moradora do bairro, a bordo da sua "cadeira voadora", participou novamente da tertúlia cultural, desta vez lendo uma crônica sobre o seu relacionamento com a grande escritora e jornalista cearense, falecida em 2003, Rachel de Queiroz.




Altino Farias leu uma crônica burlesca sobre o amigo mais bem apessoado de sua turma de rapazes, que, certamente enebriado de rum e lança, brincou uma noite de carnaval com a moça mais feia do clube, para espanto de todos. Ao final do baile, pediu a ela que retirasse a máscara para que revelasse a sua beleza...



Reginaldo Vasconcelos prestou uma homenagem a Jáder de Carvalho, Príncipes dos Poetas Cearenses a seu tempo, dizendo de cor o poema telúrico "Terra Bárbara". Romeu Duarte atacou com a poesia satírica de Dejoses, de quem leu três curtos versos. 



Marcos Gurgel leu uma de suas croniquetas, tratando de quando foi chefe de órgão público em Fortaleza, e de um servidor humilde e ingênuo que nele trabalhava.

  

Já João Paulo, o mais jovem membro titular da ACLJ, leu seu primoroso e despretensioso poema em que ele declara, com deliciosa ironia, não saber fazer poesia.

  
ANALFABETO
POÉTICO

Que droga
Que agonia
Eu não sei
Fazer poesia

Pisca o olho
Pisca o alerta
Até a besta desperta
No barulho do dia-a-dia

Que feia
Que fria
Essa tentação
De fazer poesia

Vou me calar
E esperar o dia
Que minhas palavras
Saindo do papel
Façam magia

Vou transformar o tédio
Em melodia
E nesse dia
Vou fazer poesia

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