quinta-feira, 17 de agosto de 2017

POESIA DE ESTRO MITOLÓGICO - Caixa de Pandora (VM-MC)


CAIXA DE PANDORA
Vianney Mesquita (quartetos)*
Márcio Catunda (tercetos)**


Na escala do mal não há derradeiro degrau.
(F.D. GUERRAZI)



Em sisifista e rígido trabalho,
Já sem aquela robustez d’outrora,
Zeus me doou, também, em rude talho,
Renovada boceta de Pandora.

Supus, por conseguinte: desde agora,
É minha vez de abandonar o malho.
Mas no pensar, inóxio, de ir embora,
O corpo umedeci de acre orvalho.

Ao ponderar sobre a predita Caixa,
A outra Diva de dons e talentos,
Assim mimoseada por Atena,

Notei, porém, que a situação se encaixa –
Sem o influxo de eólicos bons ventos –
Em nada mais do que opressiva pena.










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