CAIXA
DE PANDORA
Vianney
Mesquita (quartetos)*
Márcio
Catunda (tercetos)**
Na
escala do mal não há derradeiro degrau.
(F.D. GUERRAZI)
Em sisifista e rígido trabalho,
Já sem aquela robustez d’outrora,
Zeus me doou, também, em rude talho,
Renovada boceta de Pandora.
Supus, por conseguinte: desde agora,
É
minha vez de abandonar o malho.
Mas no pensar, inóxio, de ir embora,
O corpo umedeci de acre orvalho.
Ao ponderar sobre a predita Caixa,
A outra Diva de dons e talentos,
Assim mimoseada por Atena,
Notei, porém, que a situação se encaixa –
Sem o influxo de eólicos bons ventos –
Em nada mais do que opressiva pena.
Em nada mais do que opressiva pena.
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