segunda-feira, 7 de agosto de 2017

ARTIGO - Caos (HE)


O CAOS
Humberto Ellery*


Um grande Economista casualmente presenciou uma discussão entre uma prostituta e um arquiteto. Dizia a prostituta que ela exercia a mais antiga profissão do mundo, fato que é amplamente aceito pela sociedade. No entanto, o arquiteto argumentou que quando Deus criou o mundo estava fazendo uma obra de arquitetura, portanto sua profissão era a mais antiga.

Nisso o economista entrou na conversa e perguntou ao arquiteto o que havia antes da Criação. Diante da resposta de que antes da Criação só havia o caos, o economista respondeu: Olha os economistas aí!

Os “especialistas” em economia que a Rede Globo convida para opinarem sobre o atual momento econômico vivido por nosso País, certamente pertencem à escola do economista da piada.

Recentemente, uma dessas sumidades femininas, ao comentar que a inflação no nosso País estava em um forte declínio,  com grande empáfia sentenciou: “É verdade, mas isso não é motivo para comemorações porque é apenas o resultado da forte recessão e do elevado desemprego!”.

Como ainda não existe uma interação entre os telespectadores e os apresentadores da TV, fiquei com pelo menos duas perguntas engasgadas.

Primeira: Recessão onde, Doutora? Sendo assim, por que nos últimos meses do (des)governo Dilma, quando a recessão era realmente bem forte e sem dar o menor sinal de reação, com estagnação do PIB (0,1%) em 2014, queda do PIB em 2015 (3,8% - pior resultado em 25 anos), e nova queda (3,6%) em 2016, o desemprego já passava de 13% e a inflação continuou subindo?

A outra pergunta era se a Doutora já ouvira falar em estagflação.

Esse termo, que define estagnação econômica com inflação,  surgiu nos anos setenta, na esteira do “choque do petróleo”, e de forma bem sucinta. Podemos dizer que a estagflação deriva da elevação da percepção do risco, que leva a uma desvalorização descontrolada do câmbio, que por sua vez dificulta enormemente o combate à inflação e afeta negativamente a taxa de juros, e que era uma ameaça real ao nosso País se não tivéssemos derrubado a Dilma.

Hoje estaríamos no caminho da outrora próspera Venezuela (país mais rico da América do Sul no início dos anos 90, até que chegou por lá o tal do Socialismo Bolivariano). 

Mas não é o que está acontecendo agora no Brasil, que a economia começou a crescer (timidamente, mas cresce) e a curva do desemprego, que era ascendente, está vivenciando uma inflexão para baixo, com aumento da taxa de emprego, também de forma ainda tênue, mas consistente.

Não acredito que a economista entrevistada estivesse tão distraída que não observasse os primeiros movimentos do Presidente Temer, há cerca de um ano, quando adotou o teto de gastos (assumindo toda a dificuldade de governar que isso implica), com suas escolhas da mais brilhante equipe de gestão da economia de todos os tempos, com a formulação da lei das estatais indicando para dirigi-las técnicos probos e competentes (que nunca se viu nos governos petistas).

Para não falar no fim do crédito subsidiado e demais reformas estruturais, o financiamento tempestivo de uma safra agrícola recorde, a reforma trabalhista, as outras reformas em andamento, como a tributária e, principalmente, a previdenciária.

Cito ainda  o equilíbrio das contas externas, que fizeram surgir um ativo importantíssimo que se chama credibilidade,  tudo isso contribuindo para a percepção de um risco cambial baixíssimo, abrindo um cenário de confiança propício à queda da inflação, e à consequente e cuidadosa diminuição da taxa de juros Selic.

Eu, sinceramente, não sei se é cegueira ideológica ou simplesmente canalhice, mas a verdade é que só não enxerga o Brasil saindo do atoleiro aqueles que continuam enxergando Democracia na Venezuela.






COMENTÁRIO:

Eu tenho investido muito em livros que tratam do PT, incluindo alguns com a tendenciosa cegueira de autores comprometidos ideologicamente com o Petismo/Lulismo, em respeito ao principio do contraditório.

Esse "hobby" aperta o meu orçamento de bancário aposentado, mas me conforta por conhecer, não tanto quanto o ilustre amigo, esse pessoal que levou o Brasil a beira do caos.

Robustece-me saber que alguém (e acho que muitos outros que silenciam), está conosco nessa luta pela desmontagem e desmascaramento dessa Organização Criminosa, cuja definição consta do final do voto do ilustre Ministro do Supremo Celso de Mello quando do julgamento do mensalão.

Nós não apostamos no “Homem”, mas apostamos no projeto. Se o Temer, pelas acusações frágeis, não pode ser Presidente, teríamos que admitir que condenados e criminosos não possam fazer filantropia.

José Augusto Câmara

Voto do Ministro:

Livros sobre o PT:


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