O
CAOS
Humberto
Ellery*
Um grande Economista casualmente presenciou
uma discussão entre uma prostituta e um arquiteto. Dizia a prostituta que ela
exercia a mais antiga profissão do mundo, fato que é amplamente aceito pela
sociedade. No entanto, o arquiteto argumentou que quando Deus criou o mundo
estava fazendo uma obra de arquitetura, portanto sua profissão era a mais
antiga.
Nisso o economista entrou na conversa e
perguntou ao arquiteto o que havia antes da Criação. Diante da resposta de que
antes da Criação só havia o caos, o economista respondeu: Olha os economistas
aí!
Os “especialistas” em economia que a Rede
Globo convida para opinarem sobre o atual momento econômico vivido por nosso
País, certamente pertencem à escola do economista da piada.
Recentemente, uma dessas sumidades femininas,
ao comentar que a inflação no nosso País estava em um forte declínio, com
grande empáfia sentenciou: “É verdade,
mas isso não é motivo para comemorações porque é apenas o resultado da forte
recessão e do elevado desemprego!”.
Como ainda não existe uma interação entre os
telespectadores e os apresentadores da TV, fiquei com pelo menos duas perguntas
engasgadas.
Primeira: Recessão onde, Doutora? Sendo
assim, por que nos últimos meses do (des)governo Dilma, quando a recessão era
realmente bem forte e sem dar o menor sinal de reação, com estagnação do PIB
(0,1%) em 2014, queda do PIB em 2015 (3,8% - pior resultado em 25 anos), e nova
queda (3,6%) em 2016, o desemprego já passava de 13% e a inflação continuou
subindo?
A outra pergunta era se a Doutora já ouvira
falar em estagflação.
Esse termo, que define estagnação econômica
com inflação, surgiu nos anos setenta, na esteira do “choque do petróleo”,
e de forma bem sucinta. Podemos dizer que a estagflação deriva da elevação da
percepção do risco, que leva a uma desvalorização descontrolada do câmbio, que
por sua vez dificulta enormemente o combate à inflação e afeta negativamente a
taxa de juros, e que era uma ameaça real ao nosso País se não tivéssemos
derrubado a Dilma.
Hoje estaríamos no caminho da outrora próspera
Venezuela (país mais rico da América do Sul no início dos anos 90, até que
chegou por lá o tal do Socialismo Bolivariano).
Mas não é o que está acontecendo agora no
Brasil, que a economia começou a crescer (timidamente, mas cresce) e a curva do
desemprego, que era ascendente, está vivenciando uma inflexão para baixo, com
aumento da taxa de emprego, também de forma ainda tênue, mas consistente.
Não acredito que a economista entrevistada
estivesse tão distraída que não observasse os primeiros movimentos do
Presidente Temer, há cerca de um ano, quando adotou o teto de gastos (assumindo
toda a dificuldade de governar que isso implica), com suas escolhas da mais
brilhante equipe de gestão da economia de todos os tempos, com a formulação da
lei das estatais indicando para dirigi-las técnicos probos e competentes (que
nunca se viu nos governos petistas).
Para não falar no fim do crédito subsidiado e
demais reformas estruturais, o financiamento tempestivo de uma safra agrícola
recorde, a reforma trabalhista, as outras reformas em andamento, como a
tributária e, principalmente, a previdenciária.
Cito ainda o equilíbrio das contas
externas, que fizeram surgir um ativo importantíssimo que se chama credibilidade,
tudo isso contribuindo para a percepção de um risco cambial baixíssimo, abrindo
um cenário de confiança propício à queda da inflação, e à consequente e
cuidadosa diminuição da taxa de juros Selic.
Eu, sinceramente, não sei se é cegueira
ideológica ou simplesmente canalhice, mas a verdade é que só não enxerga o
Brasil saindo do atoleiro aqueles que continuam enxergando Democracia na
Venezuela.
COMENTÁRIO:
Eu tenho investido
muito em livros que tratam do PT, incluindo alguns com a tendenciosa cegueira
de autores comprometidos ideologicamente com o Petismo/Lulismo, em respeito ao
principio do contraditório.
Esse
"hobby" aperta o meu orçamento de bancário aposentado, mas
me conforta por conhecer, não tanto quanto o ilustre amigo, esse pessoal que
levou o Brasil a beira do caos.
Robustece-me saber
que alguém (e acho que muitos outros que silenciam), está conosco nessa luta
pela desmontagem e desmascaramento dessa Organização Criminosa, cuja definição
consta do final do voto do ilustre Ministro do Supremo Celso de Mello quando do
julgamento do mensalão.
Nós não apostamos no
“Homem”, mas apostamos no projeto. Se o Temer, pelas acusações frágeis, não
pode ser Presidente, teríamos que admitir que condenados e criminosos não
possam fazer filantropia.
José Augusto Câmara
Voto do Ministro:
Livros sobre o PT:
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