TRÊS CRÔNICAS,
MIL CARNAVAIS
Alison Ramos*
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Nessa mistura, em que o ontem e o hoje se tornam quase indiscerníveis,
o asfalto funciona como o misterioso fio que se desenrola e sustenta essa
viagem lírica sob as rodas do tempo.
Quem não deseja ir rumo ao interior – geográfico – espelho de um
interior maior e tão distante que a vista não alcança? A resposta poderia ser
óbvia, mas é necessário que se diga: só aqueles que são capazes de ir “simbora”
num ato de amor.
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É o amor que não transcende, mas, permanecendo na imanência de todas as
coisas – da Natureza – desdobra-se nas sensações. São os “trovões”, que rasgam
“abismos celestes, abrindo-se em relâmpagos colossais”, que anunciam o inverno:
“carnaval da natureza, que se fantasia de verde a festejá-lo, numa alegoria
gigantesca.” No viço de tais fenômenos maravilhosos, brotam amores que, efêmeros,
deixam o traço de um amor absoluto, sobre o qual aqueles que creem diriam tratar-se
do amor de Deus.
Passada a folia de mil carnavais, em que dois tempos se cruzam – o
presente e o passado – fecundando a vida dionisíaca e a criação poética, fica a
quarta-feira. Não há mais cinzas, mas apenas a catarse de quem sobrevive e um
asfalto lavado de saudade.
MUITOS CARNAVAIS
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SIMBORA AMAR
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