ALFABETIZAÇÃO
DE CRIANÇAS AUTISTAS:
CAMINHOS POSSÍVEIS
Rafaella Maria de Carvalho Cruz*
RESUMO. Configura a taxionomia do autismo – Transtorno do Espectro
Autista – TEZ – e faz rápida análise acerca do tratamento especializado desse
desconcerto, por parte de docentes e terapeutas, a fim de proceder à inclusão
de crianças com TEZ na escola pública regular, de acordo com a LDB, no que diz
respeito a alfabetização e aprendizagem.
Conclui ser possível operar ambos os
mencionados propósitos, com o emprego de técnicas e estratégias especiais,
consoante arrimo buscado na literatura relativa aos vínculos entre a ora
estudada psicopatologia e os citados expedientes em curso por professores e
profissionais da área de Psicologia Clínica.
A alfabetização conforma
uma etapa da aprendizagem humana que privilegia distintos aspectos, tanto no atinente
ao desenvolvimento psicológico quanto relativamente às habilidades cognitivas da
pessoa, o que corresponde a uma quadra de constantes descobrimentos e desafios.
Alfabetizar crianças autistas, então, corresponde a uma considerável peleja, em
razão das suas dificuldades de comunicação e interação e, em alguns casos, de
seus défices cognitivos.
Assim, no que concerne, especificamente, ao decurso do letramento de crianças com
essa psicopatologia de alheamento, procede-se à seguinte indagação:
considerando-se que este aprendizado ocorre na interação de estudantes com
professores, que possibilidades há de os discentes autistas serem alfabetizados,
haja vista seus embaraços ao tentarem operar a interatividade?
Cada vez mais, em razão das
prerrogativas da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), que determina
incluir segmentos na Educação Infantil, crianças com o transtorno ora sob exame
estão sendo inseridas em escolas regulares. Do ponto de vista das turmas
iniciais, destaca-se a preparação dos pequenos para o início da alfabetização,
fundamental para o bom desempenho nos demais períodos de aprendizagem.
A motivação para se efetivar este ensaio adveio do paradoxo entre o
aumento da demanda de crianças autistas pela sua inserção na escola regular e
os poucos conhecimentos do público em geral sobre o assunto, bem assim em razão
da assertividade dos procedimentos utilizados. Acredita-se ser possível
identificar critérios e metodologias que venham possibilitar a aprendizagem e a
qualidade de vida dos meninos e meninas autistas. (Continua)
*Rafaella Maria de
Carvalho Cruz é graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará.
Possui formação em Gestaltterapia em Crianças e Adolescentes, e em Terapia de
Casal e de Família pelo Centro Gestáltico de Fortaleza; especialista em
Psicologia Clínica e Institucional pela Universidade Estadual do Ceará – UECE.
Tem vários trabalhos publicados em revistas especializadas brasileiras em sua
área de atuação.
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