Sobre Mulheres
e Homens
Edmar Santos*
Ainda é assim, por
mais que possa parecer que não. Li de uma mulher: “É com um pouco de pudor que
sou obrigada a reconhecer que o que mais interessa à uma mulher é o homem”. Ela
também afirma que: “O que mais interessa ao homem é a mulher”. Depois infere em
relação a ambos: “Como o homem nos dói, e como a mulher dói no homem!”.
A dor da
in(compreensão). Como entender a mulher “o mais ininteligível dos seres vivos”?
Talvez o único caminho de se chegar próximo desse ser tão imprevisível seja
mesmo pelo amor; nele, “no amor onde a oposição pode ser um pedido”. Aí pode
estar a provável chave da relação: não se pode definir com precisão, nem o amor
nem a mulher; não sem que se cometa o erro da pieguice. Basta vivê-los com
devoção.
Outra mulher me
mostrou em seus escritos que, assim como um certo animal selvagem, elas teriam
algumas características que lhes constituem: “percepção aguçada; espírito
brincalhão; elevada capacidade de devoção;
gregária. É dotada de grande resistência e força; capacidade de parceria;
adaptabilidade a constantes mutações; determinação feroz e coragem”. Tais
características corroboram com o espectro de complexidade e inteligibilidade;
ora, além de tudo isso ela ainda assume um avatar chamado mãe. Eu hein!
Elas vestem
vermelho. “Vermelho é cor de dor de cabeça...” e quando elas vestem, sempre nos
aguça essa dorzinha, tanto para quem acompanha, como para quem admira de longe:
É como a beleza do pássaro que voa. Posso comparar as mulheres aos pássaros em
beleza e apreciação de voos. E os homens? “Os homens são aqueles que perderam a
confiança dos pássaros”.
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