quarta-feira, 17 de outubro de 2012

RESENHA - DIRETO DA REDAÇÃO





  
O Direto da Redação, programa que vai ao ar de segunda a sexta pela TV Cidade, às 8:15 da manhã, apresentado pelos analistas sociais Alfredo Marques e Freitas Júnior, membros da ACLJ, na edição desta quarta-feira, dia 17 de outubro, entrevistou o médico e deputado Roberto Cláudio Frota Bezerra Filho, candidato à Prefeitura de Fortaleza, já no segundo turno da campanha.

Freitas Júnior iniciou a entrevista perguntando se ele emagrecera em virtude das atividades políticas durante o primeiro turno da campanha, observação com que o entrevistado concordou, pontuando que alguns candidatos emagrecem e outros engordam, talvez em virtude da ansiedade.

O resenhista registra, a propósito, que ainda hoje existe uma velha tradição em um dos condados da Inglaterra, que consiste em fazer pesar o prefeito no dia de sua posse, e novamente no dia em que ele entrega o mandato ao sucessor: ele não deve sair mais gordo do que entrou.  

Freitas perguntou então que Fortaleza Roberto Cláudio conheceu durante a campanha. O candidato disse que nasceu, se formou e trabalhou como médico em Fortaleza, mas que os contatos feitos com o povo durante a campanha lhe deram oportunidade de enxergar a alma da população.

Ele concluiu que a grande missão do novo prefeito é construir uma ponte entre a Fortaleza carente e a Fortaleza das oportunidades. “Saio da campanha mais humilde e mais solidário com a população desta  cidade”.

Alfredo Marques quis saber como o candidato recebeu as adesões nesse segundo turno, tendo em vista que já havia reunido o maior arco de alianças de toda a campanha. Roberto Cláudio respondeu que recebeu as adesões com muita satisfação e humildade, até porque vieram apoia-lo grandes nomes da política cearense, como Inácio Arruda e Chico Lopes. Todos foram candidatos que tinham a mesma proposta de mudança e renovação.

Alfredo indagou então se o candidato incorporará o projeto do IJF II, que era proposto pelo candidato Heitor Ferrer. “Assumi todas as boas ideias de Heitor Ferrer e do Inácio, no campo da saúde, para aliviar a pressão que o IJF sofre” – foi a resposta, de forma resumida.

Foi então indagado ao entrevistado se o maior problema da cidade é a saúde. Ele respondeu que o problema universal em Fortaleza é a baixa qualidade no atendimento de saúde, embora haja outros problemas localizados.

“Postos de saúde estão fazendo atendimento de urgência e emergência, sem médicos e sem estrutura suficientes, quando deveriam estar prestando atendimentos de rotina às famílias, como vacinação e prevenções. Por isso estou propondo a construção de 18 UPAS em Fortaleza, a fim de melhorar o atendimento”.

Freitas perguntou então sobre a acusação que fazem ao candidato, tantos opositores quanto atuais aliados, de que a sua candidatura representaria a formação de uma oligarquia no Ceará. “O Governo Cid Gomes tem mudado a realidade no Estado” – foi a resposta. “Fez grandes obras na área de saúde e de turismo, como, por exemplo, o centro de eventos, que vai ampliar o mercado de empregos – além do conjunto de obras viárias urbanas. É isso que interessa à população de Fortaleza. A Prefeita teve a parceria do Governo do Estado, mas não aproveitou a oportunidade. E também do Governo Federal. A Dilma ofereceu 80 creches, e somente uma foi construída”.

Alfredo pontuou que havia muitos recursos do Governo Federal que não foram aplicados. “Vou fazer o que se tem chamado de ‘política anticíclica’, e para tanto investir em obras públicas todos os recursos obtidos, que Fortaleza tem perdido. Falo de recursos estaduais, federais e até estrangeiros.”

Alfredo insistiu, indagando se a atual Prefeita não teve capacidade de captar recursos, ou não teve iniciativa de aplicá-los. Lembrou Roberto Cláudio que a última grande obra municipal em Fortaleza foi feita pelo ex-prefeito Juraci Magalhães. Segundo ele, falta capacidade de planejar e de executar.

Freitas então quer saber se, além de cuidar das pessoas, não seria importante cuidar da cosmética da cidade. “No mundo inteiro, a estética das cidades está relacionada com a qualidade de vida da população” – respondeu o entrevistado.

Freitas indagou então sobre o que é o “bilhete único”, que o candidato tem proposto. “A população tem reclamado de quatro coisas, três delas de responsabilidade direta da prefeitura: educação, saúde e mobilidade urbana – além de segurança. Com o bilhete único o problema da mobilidade será reduzido, porque os usuários de ônibus terão maior economia de tempo em seus trajetos, continuando a pagar a passagem mais barata do País. Faremos a integração de ônibus, vans e depois com o metrô, para que haja a permuta de transporte, com o mesmo bilhete”. Acrescentou ainda que se eleito o candidato vai abolir o pedágio na Barra do Ceará, que seria uma cobrança desnecessária e absurda.

Alfredo lembrou que em Lisboa se compra um bilhete por dois euros e se garante transporte por um dia inteiro. Perguntou se seria possível fazer o mesmo em Fortaleza.

Roberto Cláudio respondeu que por enquanto o bilhete único vai ter validade de duas horas, tempo suficiente para o trajeto das pessoas entre a casa e o trabalho.

Foi então ferido o tema das obras da via expressa, em torno da linha do VLT, que Prefeitura e Governo do Estado não assumem a responsabilidade de fazer.

Roberto Cláudio disse que vai assumir todas as responsabilidades da Prefeitura, inclusive em relação a prazos de entrega das obras, muitas das quais estão atrasadas, se movendo lentamente. “A Prefeita se queixa de problemas que são da responsabilidade dela. Em vez de querer transferir, ou vou assumir as responsabilidades”.

Os comentaristas, em nota cultural, anunciaram ainda o lançamento do novo livro do poeta Luciano Maia, que ocorrerá amanhã, quinta-feira, dia 18, às 19:30, no restaurante do Ideal Clube. A obra, escrita em parceria com a poetisa romena Elena-Liliana Popescu, é bilíngue, e se chama Além do Azul, ou, em romeno, Dincolo de Azur.

Luciano Maia é membro da Academia Cearense de Letras, e da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, da qual o candidato Roberto Cláudio, coincidentemente, é Membro Honorário. O entrevistado acrescentou uma referencia elogiosa ao autor da obra, de quem é confrade na mesma instituição literária.

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