ESTADOS
E GOVERNOS
Gonzaga
Mota*
No momento atual, fatores como a globalização perversa; a busca do poder, pelo poder, não respeitando os princípios éticos; o fundamentalismo religioso; o corporativismo autoritário; o capitalismo selvagem; os estelionatos da falsa mídia, dentre outros, estão conduzindo nações ricas, emergentes e pobres para uma crise que abrange aspectos morais, de corrupção, socioeconômicos, de desesperança, de injustiça, de violência, de não liberdade, etc.
Assim, lembremo-nos de Gandhi: “A forca de um homem e de um povo está na não violência”, bem como de Santo Tomás de Aquino: “Há homens cuja fraqueza de inteligência não lhes permite ir além das coisas corpóreas”. Precisamos pensar o futuro.
Para
tanto, sem preconceitos, é fundamental a leitura de filósofos e cientistas como
Aristóteles, Santo Agostinho, Kant e tantos outros. A grande crise mundial é
consequência do aumento do pragmatismo e da redução das correntes filosóficas.
Para
onde vamos? Não obstante as diferenças culturais dos povos, existem
características básicas que devem ser comuns: a justiça; a democracia; a
perspectiva de mobilidade social; a soberania popular, evidenciada por
convicções não autoritárias; a busca permanente da paz; etc.
Nunca
procuremos a subserviência para alcançar uma pseudofelicidade, mas sim a
inquietação sincera como forma de chegar à liberdade. Concordamos que o modelo
do Estado Democrático de Direito está esgotado. Na verdade, muitas vezes é
injusto, pois permite privilégios.
Antes que voltem os defensores de regimes totalitários, é importante que se coloque nas agendas de debates, em fóruns nacionais e internacionais, a criação do Estado Democrático de Justiça.
A propósito, lembremo-nos de Cícero, por sua vez: “Summun jus – summa injuria” (o supremo direito é a suprema injustiça). Assim, é difícil a humanidade conciliar um Governo democrático com um Estado autoritário ou vice-versa.
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