terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Lançamento de Livro (VM)

 PARIS E SEUS POETAS VISIONÁRIOS,
DE MÁRCIO CATUNDA,
A PÚBLICO EM ABRIL DE 2021
Vianney Mesquita*

 

 

Não falemos de poetas morais ou imorais; os poemas são bem escritos ou mal escritos. É só. [OSCAR Fingal O’Flahertie Wills WILDE – poeta epigramático e dramaturgo irlandês. Dublin, 16.10.1854; Paris, 30.11.1900 – 46 anos].

 

Daqui a um mês e pouco, em abril, o colega acadêmico, escritor e advogado Márcio Catunda, diplomata brasileiro de carreira, hoje trabalhando em Belgrado (Sérvia), vai lançar aqui em Fortaleza, em local ainda a escolher, seu trabalho intitulado Paris e seus Poetas Visionários, escrito nessa Capital europeia, quando visitou, um por um, os locis onde mourejaram esses vates franceses de vida muito particular, interessante, curiosa e, às vezes, estranha [Guillaume Apollinaire, André Breton, Paul Éluard et alii]. 

Regozijo autêntico descansa, pois, em experimentar o lance de escoliar, mesmo com lábeis palavras, acerca deste produtor de dezenas de livros de enorme peso, postado na primeira linha qualitativa, com registo de obra dilatada e de subido alcance na contingência literária brasileira.

Márcio Catunda é conhecido e magnificamente mensurado pela crítica nacional, motivo por que pertence a sodalícios de alteada essência no País, como, verbi gratia, esta Academia Brasileira de Literatura e Jornalismo e a Academia de Letras do Brasil, haja vista sua multímoda produção na senda da poesia, no âmbito da crônica, no terreno da história e na seara de vários outros gêneros para expressão das nossas letras, o que dele faz et eximia auctor, para gáudio dos cearenses, júbilo da inteligência brasileira e vanglória da Língua Portuguesa. 

Com vistas a demonstrar a verve criativa, o engenho e o estro e – não raras vezes – as esquisitices e extravagâncias peculiares aos vates franceses estudados [Louis Aragon, Max Jacob, Antonin Artaud et reliqua], o multiforme autor de  Laudetur: 63 Poetas Espanholes del Siglo XXI [2012), Terra de Demônios [2013] e Mário Gomes: Poeta, Santo e Bandido [2015], consoante antecipado, virou e revirou a Cidade-Luz em espinhosas andanças a pé, anotando particularidades, fazendo inferências e estabelecendo relações, para, no remate de tão soberbo trabalho, nos presentear com este modelar relato, autêntico, veraz e inédito, a fim de, irrepreensivelmente, fundear, em altivo complemento, à história da Poética Mundial. 

Em adição à magnificência de tão surpreendente produção – assunto de trato original, haja vista a maneira como foi edificada, no próprio âmbito de sublime criação dos áugures pesquisados, Paris – vem adorná-la a marca sedutora expressa na capa do livro, procedente da mão poética do celebrado artista plástico e escritor e acadêmico G. Jesuíno, num acrescentamento beneficamente sobejo a um trabalho já de si plenificado de estesia. Quid nimium sit, non nocivis.  O que é demais, decerto, muita vez, vem para reforço de valor. 

Aguardemos, pois, esta oportunidade, após o declínio covidano, pois indene de suspeita é o fato de que apreciar os ardis histórico-literários de Márcio Catunda é louvar-se nos prodígios da inteligência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário