CONFLUÊNCIA
MÉTODO-SABER
(Rapidíssima Sinopse)
Vianney Mesquita*
Convém expressarmos, a priori e por necessário, o fato de que saber e método, caminhando sempre juntos, denotam conceitos de requerida aprendizagem liminar, por parte de uma pessoa que intente compreender as duas ideias em ultrapasse às evidências da opinião geral.
Nos dias correntes, é
consabido o fato de que, em todo o universo de cultura científica - incluso,
evidentemente, nosso País – há muita reflexão acerca dessa matéria, com amparo
em filósofos da ciência do passado, bem como, em específico, da centúria
fluente.
Pensadores da
dimensão intelectual de Karl Raimund Popper, filósofo austríaco e naturalizado
inglês, do grão-britano Bertrand Russel e de outros que lhes seguem os passos
ou com eles andam em paralelo à demanda de explicações para os eventos
científicos, e.g, fazem grande escola e nos deixam como herdade um
excepcional acervo librário. Neste passo, ajudam seus continuadores e
pesquisadores em geral a, cada vez mais, dessedentar a garganta sequiosa da
ciência na sua sede infrene por conhecer, procurando desvesti-la do caráter de
mistério que lhe foi imposto pelos terroristas da dificuldade, quais
verdadeiros súditos do impossível.
Este curto exercício
objetiva carrear aditamentos à compreensão da matéria, constituindo-se como
chamamento e convite aos visitantes dos misteres de procura das relativas
verdades científicas a conhecerem as teorizações das diversas correntes e dos
variados pensadores vinculados ao assunto.
Podem, com efeito,
ser instituídas condições, desde os primeiros contatos com os respectivos
feitos, para que se trabalhe o evento científico consoante os entendimentos
consagrados na diuturna reflexão e pela via da prova em todos os quadrantes da
ciência em suas mais distintas taxinomias.
Antes de adentrarmos
as considerações e cotejamentos entre a noção de saber vulgar-senso comum e a
ideia com teor científico, impende oferecermos um conceito de conhecimento. No
jeito mais singelo de se exprimir, é válido dizer que o saber radica na
assimilação dos objetos e sua retenção na memória, o armazenamento no espírito.
No ato de conhecer,
existe um sujeito – o que conhece – e há um objeto – o conhecido, quando o
sujeito retém o objeto e o reflete no entendimento.
Parece fácil
depreender, pois, o fato de que sujeito e objeto são absolutamente
indispensáveis para a consecução do ato cognitivo. Não havendo um para conhecer
e na ausência de outro a fim de ser conhecido, manifestamente, se afigura
impossível o conhecimento. Na integralização dessa obviedade, porém, de
indispensável expressão a fim de que se aportem às devidas explicações, são
convidados à colação dois outros elementos – o pensamento e a verdade.
O primeiro evoca,
encadeia e capta as representações da mente, as quais são pretexto do nosso
conhecimento. A verdade, in allia manu, é a adequação, a coerência entre
a exposição mental do sujeito e do seu objeto. A ideação de verdade, por
conseguinte, repousa na consonância entre o que foi refletido e o pensamento.
Ao ser concedido o
início do conhecimento, o ser pensante exercita uma seleta, discriminativa,
mediante a qual se apercebe das semelhanças e diferenças dos objetos. Quando
contemplamos a realidade fatual, ou na oportunidade em que refletimos sobre os
objetos, nos quedamos a compará-los, separando os que são análogos daqueles
distintos. A compreensão do diferente é procedida no mesmo instante em que se
efetiva o alcance dos objetos análogos.
Com efeito, seria
inócuo o conhecimento se as coisas fossem todas iguais e se a realidade
sobrasse homogênea e imutável. Há em toda cognição, pois – para remate dessas
considerações – um status de relação, em que se ligam os objetos,
podendo ser os vínculos de analogia ou diferença e de existência concomitante
ou sucessão.
Tencionamos, noutro
lance que for apropriado, retornar para prosseguir com estas reflexões.
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